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Brasil - General Motors procura fornecedores no Norte do Estado de Santa Catarina.
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Funciona como em um baile. Nós estamos aqui, na pista, procurando um bom par para dançar.
A frase do vice-presidente da General Motors do Brasil, Marcos Munhoz, reflete o momento que a companhia vive na cidade: à procura de futuros fornecedores, integrantes da empresa estão desde quinta reunidos com empresários na Acij para conhecer o potencial da indústria local.
E como acontece com os flertes que viram namoro, a GM tem uma série de exigências para que seus pretendentes conquistem o seu coração. Munhoz é claro ao dizer que, tal e qual a uma sogra, equipes de auditores investigam toda a linha de produção das empresas e que a qualidade do produto fornecido é fundamental para o sucesso da relação.
— Nosso controle é muito rígido e exigimos qualidade em cada produto. E o motivo é claro: o motor não pode falhar. O que estamos querendo aqui é ter novos fornecedores de qualidade, capazes de fornecer peças perfeitas. E é aí que está a diferença: uma coisa é produzir uma peça perfeita. Isso é arte. Produzir milhares de peças perfeitas, que é o que queremos, é tecnologia —, afirma.
Quem trabalha há algum tempo com a GM sabe bem o que tantas exigências trazem como retorno. O gestor de mercado da Menegotti, que fornece materiais de fundição para a companhia, Ayrton Mosimann Júnior, conta que o caminho das pedras é difícil, mas a recompensa é grande.
Segundo ele, “ser um fornecedor da GM transmite para outros clientes a mensagem de que temos uma produção de qualidade. A empresa possui uma série de particularidades a serem atendidas, que a diferencia de outros compradores. Por isso é tão importante conseguir um negócio como esse”.
O gerente de pesquisa e desenvolvimento da Ciser, Guido Ganassali, trabalhou anos atrás em outra empresa que sugeriu importantes avanços na carroceria do Celta.
Durante o intervalo das apresentações, ele e Munhoz puxaram conversas e a simples menção da palavra “inovação” fez com que o vice-presidente e ele trocassem cartões e prometessem manter uma conversa futura. De acordo com Guido, indústrias que foquem em inovação e na pesquisa e desenvolvimento de novos produtos são admiradas pela GM.
Dezesseis empresas da região participam desta primeira rodada de negócios. Os produtos procurados pela GM são variados: vão desde parafusos a plásticos, de tubos a peças forjadas em aço. A intenção da companhia é produzir 120 mil motores 1.0 e 1.4 e 200 mil cabeçotes por ano na unidade joinvilense.
Joinville é candidata a mais uma unidade
A vinda de Munhoz a Joinville nutria expectativas do empresariado quanto a um eventual anúncio da instalação de uma segunda unidade da General Motors na cidade, que produziria câmbios de transmissão. Ele confirma a existência de um projeto de expansão da companhia e ressalta que não foi aprovado, mas que Joinville “é um candidato natural a recebê-la caso venha essa aprovação”.
Munhoz diz que a montadora não tem planos de ficar somente com a fábrica de motores e cabeçotes e cita outras cidades brasileiras que possuem unidades da GM como exemplos que Joinville deve adotar daqui para frente.
Sobre a fábrica que continua em fase de construção, a expectativa é de que ela comece sua produção no segundo semestre do ano que vem. Munhoz diz que, inicialmente, serão 300 contratações, e outras 400 mais tarde, quando a linha de produção de motores for ativada.
Fonte: A Notícia
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