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Autopeças nacionais ganham proteção.
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O governo federal surpreendeu e anunciou na noite de ontem a elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para o setor automotivo. A medida eleva em 30 pontos percentuais o tributo para as montadoras que não atenderem ao mínimo de 65% de conteúdo nacional. Com isso o setor de autopeças sai fortalecido, porque as empresas que quiserem manter sua participação de mercado precisarão recorrer a fornecedores instalados no Brasil. Caso isso não ocorra dentro de 60 dias a perspectiva é de que o preço desses veículos seja reajustado entre 25% e 28%, conforme informou o ministro da Fazenda, Guida Mantega, em Brasília.
O anúncio foi feito em conjunto com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercandante. Os membros do governo afirmaram que a intenção é proteger a indústria nacional, que tem perdido espaço para automóveis importados. "Para empresas que preencherem os requisitos não muda nada", disse Mantega. "É uma medida que garante a expansão dos investimentos no Brasil, o desenvolvimento tecnológico e a expansão da capacidade produtiva no Brasil", completou. A medida vale até dezembro de 2012.
Essa medida tenta, em primeiro lugar, combater o aumento seguido dos estoques de veículos, que atingiram 398,8 mil unidades em agosto, o equivalente a 37 dias de vendas se considerado o ritmo atual, o maior período desde novembro de 2008 (56 dias), no auge da crise econômica mundial. No caso dos automóveis de até mil cilindradas, o IPI passará de 7% para 37%. Para os veículos de mil a duas mil cilindradas a alíquota atual, de 11% e 13%, subirá para 41% a 43%.
Ainda na manhã de quinta-feira, o presidente da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva), José Luiz Gandini, afirmou que a medida é um absurdo, já que os carros que desembarcam de outros países têm de arcar com Imposto de Importação de 35%. Ele lembrou ainda que apenas 5,79% das vendas de automóveis e comerciais leves foram feitas pelas associadas e que a maior parte das importações veio de indústrias que têm fábrica(s) no Brasil.
Maurício Godoi e Juliana Estigarríbia
Fonte: DCI
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