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Alta do IPI acelera investimento de montadora chinesa no Brasil.
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A decisão do governo de elevar o IPI para forçar a produção de carros no Brasil começa a dar resultados. A Chery, montadora chinesa, anunciou ontem, em São Paulo, a meta de antecipar a produção no país.
A fábrica de US$ 400 milhões será construída na cidade de Jacareí (SP). O objetivo do grupo chinês a partir de agora é iniciar a produção local em dois anos, se possível ainda no primeiro semestre de 2013.
Em teleconferência, ontem, o presidente da Chery internacional, Zhou Biren, foi direto ao ponto: "O aumento de IPI vai afetar o mercado como um todo. Vamos tentar antecipar a produção. Se o nosso executivo aí não conseguir, nem precisa voltar para a China". O prazo para instalação da fábrica já era considerado "apertado" pelo principal executivo da marca no Brasil, Luís Curi. Excluído o tom jocoso da frase de Biren, a declaração reafirma decisão da Chery de produzir no país.
O investimento não ocorrerá "apesar", mas sobretudo "por causa" do IPI. Isso pode dar argumentos ao governo na defesa da medida. O único problema para a Chery é o índice de nacionalização. A marca quer escaloná-lo. A proposta apresentada ao governo é a de iniciar com 40% ou 45% em itens nacionais no primeiro ano de produção, até atingir os 65% em até quatro anos.
Pela regra atual, a montadora teria de iniciar a produção com 65%. "Não tememos uma taxa de nacionalização alta. Queremos só mais tempo para alcançá-la", disse. O presidente da Chery internacional apelou a uma metáfora. A fábrica no Brasil é mais um "bebê", o que exigiria do governo certo esmero para que vingue. Contrário às montadoras já instaladas, classificadas por ele como "adolescentes", cujo trato já não demanda tanta atenção.
É uma metáfora que tem apelo e que deverá ser usada hoje no encontro que a Chery tem com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Um grupo de executivos da Chery está no Brasil para definir os fornecedores que poderão dar o índice pedido pelo Estado brasileiro. A Chery sabe que isso lhe ajudará.
"Nacionalizar não é um tema apenas para atender às exigências do governo, mas é algo que tem relação com os nossos custos", disse. (Folha de S. Paulo)
Fonte: Folha de São Paulo
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