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Produção deve ficar estável no próximo ano, diz Anfavea.
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Em 2012, a produção da indústria automobilística deve crescer em torno de 2%, praticamente estável em relação a este ano, conforme projeção da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Apesar disso, as expectativas são boas. "O ano de 2011 foi bom e acreditamos que, com as medidas do governo tomadas recentemente, o mercado estará aquecido no ano que vem", afirmou ontem o presidente da entidade, Cledorvino Belini.
Em novembro deste ano, a produção de veículos caiu 9,1% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando 274,5 mil unidades. No entanto, comparado ao mês de outubro, a produção cresceu 3,4%. No acumulado do ano, foram produzidos 3,14 milhões de veículos, alta de 0,9% na comparação com janeiro a novembro do ano passado.
Já o crescimento das vendas em novembro de 2011 foi de 14,6% em relação ao mês anterior, o que ajudou a diminuir os altos estoques de 40 dias registrados em outubro. Hoje, esse índice gira em torno de 35 dias. "Os estoques estão teoricamente no nível normal, uma vez que fora do Brasil trabalha-se com 60 dias", justificou Belini.
O presidente da Anfavea destacou que a maioria das montadoras entrará em férias coletivas depois do Natal e podem até estender as paradas até a primeira quinzena de janeiro para ajustar os estoques. "O mês de janeiro é historicamente mais fraco em vendas", disse Belini.
O executivo também atribuiu o crescimento das vendas em novembro à flexibilização das medidas macroprudenciais e à redução dos juros. Na opinião de Belini, as medidas do governo, associadas à maior disponibilidade de crédito e ao aumento do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados, contribuíram para os resultados positivos do setor no período.
Perguntado sobre a entrada do novo aumento de IPI para importados, prevista para a segunda quinzena de dezembro, Belini afirmou que é muito cedo para fazer previsões. "Em um primeiro momento, tudo indica que o produto nacional será privilegiado pela nova medida", disse. Ele também destacou que a indústria de autopeças deve se preparar para o conteúdo nacional exigido para as montadoras não sofrerem aumento de IPI pelo governo. "O setor de autopeças vai retomar um pouco mais a sua atuação", acredita Belini.
Projeções para o futuro
De acordo com a Anfavea, as vendas em 2011 devem apresentar crescimento de 3,3% em relação ao ano passado. Já as exportações devem registrar aumento de 17,8% na mesma base de comparação, totalizando US$ 15,2 bilhões. A produção deve fechar o ano com alta de 1,1% em relação a 2010. "Apesar da crise internacional, registramos resultados positivos para a indústria brasileira", disse Belini.
Já para 2012, o crescimento das vendas deve ficar em torno de 4% a 5%. Segundo Belini, esse número se concretizará caso haja flexibilização das medidas macroprudenciais e maior disponibilidade de crédito. "Estamos projetando um mercado de 3,4 milhões de veículos no ano que vem", afirma o executivo, que completa. "Nosso mercado atrai investimentos externos", diz.
As exportações, no entanto, podem seguir em caminhos opostos. De acordo com projeções da Anfavea, deve haver queda de cerca de 3% desse índice, totalizando US$ 14,7 bilhões em 2012 ante os US$ 15,2 bilhões registrados em 2011. A justificativa utilizada por Belini é que a produção nacional deverá ocupar mais espaço no mercado interno.
Ainda mais à frente, Belini afirma que a Anfavea projeta que o mercado brasileiro atingirá vendas de 6 milhões de unidades em 2020, o que fará com que o Brasil figure entre os três principais produtores mundiais de veículos. "É por isso que reafirmo que o nosso País é um dos maiores players do mundo nesse setor", disse. No entanto, ele explica que o País ainda precisa equacionar o problema de competitividade.
Belini afirmou que a valorização do câmbio tem prejudicado as vendas externas. Ele diz que no patamar de R$ 1,80 já há um "respiro", porém, o dólar a esse valor não é satisfatório. Os principais mercados externos para o Brasil em 2012 devem ser Argentina, Chile, México e Colômbia.
Fonte: DCI
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