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Pela primeira vez nos últimos anos o segmento de carros populares no Brasil respondeu por menos da metade das vendas totais de automóveis, mas continua sendo um dos mais atrativos no País entre os novos projetos anunciados. Ontem, o presidente mundial do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, confirmou que a fábrica que o grupo vai construir em Resende (RJ) produzirá inicialmente um carro compacto "e popular". A unidade deve iniciar suas operações em 2014.

Segundo o executivo, a Nissan fará carros pequenos no Brasil e continuara importando modelos maiores do México. Nas próximas semanas, informou ele, o grupo vai anunciar a ampliação da capacidade produtiva da fábrica mexicana.

Ghosn, que participou em Detroit de um seminário para empresários, espera um crescimento de 3% a 5% no mercado brasileiro - que em 2011 registrou resultado recorde de 3,6 milhões de unidades. Para ele, as montadoras locais devem apresentar melhores volumes este ano, pois o aumento do IPI para carros feitos fora do Mercosul e do México deve inibir um pouco mais as vendas de importados. "Não estou dizendo que concordo com as medidas, apenas que elas estão em vigor e devem resultar em aumento das vendas de carros nacionais."

Compactos

Em 2011, os populares (modelos com motor 1.0), responderam por 45,2% das vendas totais, ante 50,8% em 2010. Por muitos anos, esse segmento manteve fatia acima de 60% das vendas.

O presidente da GM América do Sul, Jaime Ardila, acredita que o segmento que mais vai crescer no Brasil nos próximos anos é o de minicarros, um filão que a indústria chama em que se encaixa o Fiat Mille. Já anunciaram lançamentos futuros de produtos dessa categoria a Volkswagen e a própria Fiat, que fará o substituto do Mille em Pernambuco. "Nos também teremos produto nessa faixa no futuro", avisou Ardila, acrescentando que os futuros carros pequenos não serão necessariamente populares, pois serão equipados com vários itens de conforto, segurança e conectividade. (Cleide Silva)