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Aço sobe externamente e mercado retoma expectativas.

Publicada em 2012-02-06



O aumento do preço do aço plano no mercado internacional nas últimas semanas começa a trazer expectativas em torno do futuro do valor do produto no mercado brasileiro. Um reajuste nos preços é necessário para melhorar a rentabilidade das companhias, muito prejudicada nos últimos resultados. Assim, mesmo que não esteja certo o reajuste, os olhares do mercado seguirão atentos nessa direção, ainda que os fundamentos do setor imponham restrições para uma alta dos preços no mercado doméstico.
 
Esse movimento poderia ocorrer já que o prêmio (diferença de preço entre o material nacional e o importado) em alguns produtos está negativo. Na teoria, esse fato pode abrir espaço para uma alta no mercado interno sem provocar uma nova onda de importações no Brasil. A entrada de material importado foi um dos problemas enfrentados pela indústria siderúrgica brasileira, principalmente em 2010.
 
Em janeiro deste ano, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a média diária de importação de produtos siderúrgicos, em valores, ficou praticamente estável em relação a dezembro. Depois do trauma vivido em um passado bastante recente, qualquer avanço na entrada de aço importado voltará a acender o sinal vermelho do setor.
 
Embora a importação direta de aço tenha declinado no ano passado, a entrada indireta por meio de veículos, linha branca e máquinas e equipamentos ainda preocupa os fabricantes nacionais e também impõe uma barreira firme para uma alta de preços do aço. A cautela é no sentido de um aumento dos preços acabar incentivando ainda mais a decisão das empresas de importar produtos ao invés de optarem pela fabricação local.
 
Assim, mesmo que o preço do aço plano (o HRC, Hot Rolled Coil) esteja subindo, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, as usinas brasileiras ainda não estão com o cenário totalmente propício para um reajuste. A expectativa em torno de uma melhora dos preços do aço plano no Brasil é antiga e foi um dos principais temas durante o ano passado. Isso porque as siderúrgicas enfrentaram margens comprimidas durante todo o período. Outro fator que pressionou a rentabilidade das companhias foi o valor elevado das principais matérias-primas das usinas: o minério de ferro e carvão.

 


Fonte: Agencia Estado