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JAC Motors e Chery querem trazer fornecedores chinesas ao Brasil.
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Com o intuito de cumprir as exigências instituídas no novo regime automotivo, publicada na última semana, a chinesa JAC Motors planeja trazer para o Brasil fornecedoras de autopeças chinesas, que já atendem a montadora. "Queremos trazer alguns fornecedores da JAC que querem trabalhar no País", disse o presidente da JAC Motors do Brasil, Sérgio Habib. A também chinesa Chery deverá trazer ao menos sete fabricantes de autopeças chinesas ao Brasil para constituírem a sua rede local de fornecimento. Segundo o CEO das operações da montadora no Brasil, Luis Curi, a intenção da Chery é alcançar o índice de 65% de nacionalização já no primeiro ano de operações, previsto para 2013.
O executivo afirmou que a companhia conseguirá seguir o novo regime automotivo e assim, obter o benefício para a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Nós não conseguiríamos chegar em 65% no primeiro ano, mas agora nos foi dado um prazo de três anos", disse Habib.
A fábrica da companhia chinesa será instalada no polo industrial de Camaçari, na Bahia, e as operações estão planejadas para terem início em 2014. A unidade da JAC Motors receberá investimento de R$ 900 milhões e a capacidade produtiva deverá chegar em aproximadamente 100 mil veículos por ano.
Além da ideia de buscar os fornecedores na China, o executivo disse que está atento às oportunidades da cadeia de fornecimento em Camaçari. Como a Ford já está situada no local, Habib disse que as operações na JAC poderão se beneficiar dessa cadeia já consolidada em Camaçari. "Para as autopeças é melhor ter dois clientes do que um", disse. No dia 14 de maio, disse o executivo, a companhia realizará um encontro com as empresas de autopeças em Camaçari.
Bancos
Sergio Habib que os bancos brasileiros não estão "propensos" a financiar a compra de automóveis no Brasil e o fato deverá impedir o crescimento da indústria automobilística brasileira em 2012.
O executivo afirmou que a inadimplência do setor vem crescendo, o que deixou os bancos ainda mais avessos ao financiamento, principalmente os de longo prazo. "Não há mais financiamento de 60 meses", destacou. Segundo Habib, a queda nos valores das prestações é o que, de fato, proporciona um aumento do mercado. "A queda das prestações é muito mais sensível ao número de parcelas do que a queda dos juros", afirmou.
Por conta disso, disse o executivo, a sua percepção é de que o setor não registre crescimento neste ano em relação ao ano passado. "A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) ainda não mudou as projeções, está muito otimista", disse. A entidade, que representa as montadoras instaladas no Brasil, projeta um crescimento das vendas entre 4% e 5%.
No primeiro trimestre do ano, os licenciamentos de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) somaram 818.364 unidades, uma queda de 0,8% na comparação com os veículos comercializados em igual período de 2011. (O Estado de S. Paulo/Fernanda Guimarães)
Fonte: O Estado de São Paulo
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