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Brasil - Montadoras preveem queda de 30% na produção de caminhões.
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A atividade na indústria de caminhões está em marcha à ré. As montadoras instaladas aqui devem produzir um volume 30% menor que a produção do ano passado. A razão para queda tão expressiva é o volume maior de caminhões com a tecnologia antiga, Euro III, que foi vendida nos primeiros meses do ano. As empresas fizeram um estoque alto desse tipo de caminhões no ano passado e, este ano, quando começou a vigorar a legislação de emissões Euro V, elas não produziram no mesmo ritmo de 2011. A expectativa das montadoras é que sejam fabricados neste ano um volume de 150 mil caminhões.
“Nós sofremos com o estoque de caminhões Euro III que produzimos no ano passado”, disse o diretor de vendas da MAN Latin America, Antonio Cammarosano.
No caso da MAN, que até agora foi líder de vendas no País com 32% do mercado, o executivo ressaltou que a empresa tem 30 dias de estoque de caminhões Euro V na fábrica e na rede de concessionárias. Já os veículos com motorização Euro III, o giro fica em torno de 10 dias.
“O mercado está um mês atrasado em vendas. Com isso temos que adequar a nossa produtividade a esse ritmo. De hoje até o final do ano, as montadoras devem produzir cerca de 110 mil unidades”< disse o executivo.
Sem remédio
Nem mesmo as melhores condições de financiamento para caminhões deve reverter a queda expressiva da produção este ano. Segundo Camarosano, haverá uma corrida para a compra de equipamentos até agosto e, nos meses seguintes o mercado deverá se retrair e seguir no ritmo de vendas antes do incentivo. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reduziu as taxas do Finame PSI de 7,7% para 5,5% ao ano. A medida vai vigorar até agosto deste ano.
“Precisamos que esse incentivo seja estendido até dezembro. Esse período de vigência de taxas menores é muito curto para o mercado reagir”, afirmou o diretor geral da Ford Caminhões, Oswaldo Jardim. Para ele, o melhor período para as montadoras de caminhões será entre abril e maio de 2013. Isso porque, o mercado já terá se acostumado com a nova tecnologia e não terá mais caminhões Euro II nas revendas para serem comercializados.
“O frotista precisa de um tempo para se planejar. A prorrogação do Finame é um desejo da indústria”. A Ford reduziu sua produção de 186 caminhões ao dia para 150/dia, em razão do mercado.
(Brasil Econômico/Ana Paula Machado)
Fonte: Brasil Econômico
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