Diante de resultados abaixo do esperado para o primeiro semestre a Abifa, Associação Brasileira de Fundição, revisou suas projeções de produção em 2012.

Segundo Devanir Brichesi, presidente da associação, há expectativa de melhora para o segundo semestre, mas não o suficiente para recuperar a totalidade das perdas.

De janeiro a junho foram produzidos 1,5 milhão de toneladas de materiais fundidos, 10,3% menos do que no mesmo período de 2011.

Segundo Brichesi a redução na produção de motores para caminhões e ônibus neste período foi uma das principais causas do enfraquecimento.

Sozinho, o setor automotivo responde por 57% de participação do consumo de fundidos no País.

Neste cenário a entidade revisou para baixo sua projeção de produção, passando de crescimento de 6% ante 2011 para retração de 1%.

"No melhor dos cenários igualaremos a produção deste ano à do ano passado."

A produção esperada agora é em torno de 3,3 milhões de toneladas.

Além do setor de caminhões e ônibus, o de máquinas de construção também deve reaquecer o setor de fundição no segundo semestre deste ano, "principalmente porque as obras de infraestrutura para os eventos esportivos deverão ser aceleradas a partir de agora".

Já as exportações do segmento seguiram em direção oposta e registraram crescimento.

De janeiro a junho o mercado interno consumiu 1,2 milhão de toneladas de fundidos, 12,7% abaixo do volume de igual período de 2011.

Na mesma comparação as exportações avançaram 4,5%, totalizando 250,6 mil toneladas.

Os Estados Unidos foram o principal cliente das fundições brasileiras, consumindo 58% do total.

No entanto, Brichesi afirmou que algumas empresas estão fazendo fortes investimentos naquele país, o que deverá suprir suas necessidades em breve, reduzindo as importações.

De acordo com pesquisa da associação para atender às necessidades do mercado brasileiro de fundidos até 2017 o setor precisará investir US$ 4 bilhões e incorporar 2,7 milhões de toneladas à sua capacidade instalada.