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Teksid aponta recuo de 12% no volume de vendas em 2012.
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Em 2011, a mineira Teksid do Brasil, de Betim, consumiu 261 mil toneladas de ferro para fabricar blocos e cabeçotes de motores. Este ano, a empresa vai processar apenas 230 mil toneladas. O recuo de 12% ilustra a soma de dificuldades enfrentadas em ano de complexidade para fornecedores de autopeças de veículos leves e pesados. O mercado de caminhões despencou com a mudança na legislação Euro 3 para Euro 5 e só reagiu em outubro, graças a um empurrão das taxas atrativas do Finame. Já na área de automóveis e comerciais leves os altos e baixos foram provocados pelas alterações no IPI, impacto do Inovar-Auto e financiamentos no varejo.
Embora o comportamento do mercado em 2013 ainda seja uma incógnita, há boas possibilidade de avanço para empresas como a Teksid e suas concorrentes Tupy, especialista em blocos e peças de ferro para motores diesel, e a Nemak, maior fornecedora local de blocos e cabeçotes de alumínio para propulsores otto (gasolina e etanol).
As exportações não foram muito animadoras. Depois de vender 65 mil toneladas ao exterior em 2011, a Teksid deve contabilizar no máximo 50 mil este ano. “Esperamos uma reação da ordem de 10% para 2013”, arrisca Raniero Cucchiari, gerente comercial para o Mercosul . Do volume vendido ao exterior apenas 4 mil t correspondem a produtos para veículos leves, endereçados à Chrysler, nos Estados Unidos.
Da variedade de fundidos comercializados pela empresa de Betim este ano, 70% (161 mil t) correspondem a blocos e cabeçotes de ferro. Desse subtotal, 90 mil t vão para motores ciclo otto e 71 mil para diesel. Os restantes 30% representam pontas de eixo, coletores, volantes, girabrequins, tambores de freio, capas de mancal e outras peças.
A Teksid tem capacidade para fundir 300 mil toneladas/ano de ferro em Betim e possui também uma fundição de blocos de motor no México, com capacidade para 120 mil t/ano e maior competitividade para exportações.
Eficiência energética
De olho na legislação de eficiência energética veicular que estará embutida na regulamentação final do Inovar-Auto, as montadoras locais já estão se mobilizando para a renovação de seus motores até 2017. Em muitos casos, será indispensável adotar projetos totalmente novos, em linha com produtos oferecidos no mercado internacional. Os programas são confidenciais e a maioria dos fabricantes está à espera do detalhamento do projeto de eficiência energética que o governo prometeu.
Raniero desconversa quando se trata de falar a respeito dos programas das montadoras, mas garante que a Teksid estará pronta a atender o mercado utilizando como matérias-primas o ferro cinzento, a liga HPI (ferro de alta resistência mecânica, para otto) e até mesmo alumínio. Em 2012 estão sendo fabricados 350 mil cabeçotes de alumínio, volume que poderá subir para 600 mil em 2013. A empresa está pronta para chegar à capacidade de 1,6 milhão de unidades, com novos investimentos. “Se houver demanda de blocos de alumínio estaremos prontos para responder”, disse o executivo. (Automotive Business/Paulo Ricardo Braga)

Fonte: Automotive Business
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