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Brasil - Fundição Tupy entra com pedido para oferta de ações.

Publicada em 2013-02-19



A fundição Tupy enviou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro de oferta de ações primária e secundária de ações. A oferta será realizada no mercado de balcão não organizado do Brasil, para investidores institucionais. A empresa pretende oferecer a ação também aos investidores institucionais qualificados estrangeiros, residentes nos Estados Unidos.

A Tupy pode oferecer um lote suplementar correspondente a até 15% das ações inicialmente ofertadas, e contar com a colocação de outro lote de até 20% das ações inicialmente ofertadas. O preço de subscrição será fixado de acordo com a qualidade e a quantidade da demanda coletada junto aos investidores institucionais, e a cotação das ações ordinárias em negociação na BM&F Bovespa, informou a fundição.

A oferta será coordenada pelo BB Investimentos, Banco BTG Pactual, e as corretoras dos bancos Citigroup e Itaú. A empresa já é listada, mas hoje os papéis têm baixa liquidez. A depender do valor da oferta, a operação pode representar sua reestreia em bolsa. A ação da empresa foi cotada hoje a R$ 24,98, queda de 1,2%.

Recentemente, a Tupy anunciou que pretende migrar para o Novo Mercado, segmento com padrões mais rigorosos de governança da BM&FBovespa. Uma assembleia de acionistas realizada no dia 8 já aprovou a conversão das ações preferenciais em ordinárias na proporção de 1:1. Na mesma ocasião, foi autorizado aumento do capital social de R$ 600 milhões para R$ 1,2 bilhão. A companhia encerrou 2012 com lucro de R$ 66,4 milhões, queda de 67,4% em relação a 2011. O resultado foi pressionado pela retração no volume de vendas no mercado interno e por custos com a aquisição e integração de duas unidades no México.

Os gastos de US$ 439 milhões com a compra das unidades mexicanas pressionou o envididamento. A dívida líquida passou de R$ 351,4 milhões em 2011 para R$ 1,16 bilhão ao fim do ano passado. A dívida bruta ficou praticamente estável, em R$ 1,84 bilhão. O que mudou foi o montante de recursos em caixa, que caiu pela metade, de R$ 1,42 bilhão em 2011 para R$ 660,4 milhões em 2012 ? suficiente apenas para fazer frente aos vencimentos no curto prazo, R$ 530,9 milhões. A relação entre dívida líquida e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) disparou, passando de 0,9 vez para 3,4 vezes no ano passado.


Fonte: UOL Economia