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Produção de motores no Brasil dará salto tecnológico.
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O atual processo de expansão da indústria automotiva brasileira poderá não apenas estimular a criação ou ampliação de fábricas de motores - conforme foi anunciado e já vem sendo feito pela Ford, GM, Volkswagen, Fiat e Toyota, entre outras - como também propiciar um “upgrade tecnológico” na cadeia produtiva do setor.
A avaliação é de Cleber Willian Gomes, membro do comitê de engenharia da seção brasileira da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE-Brasil) e professor da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec). Gomes é também engenheiro sênior de produto da Ford.
Para o especialista, para além de atender a necessidade de uma demanda por motores que só tende a crescer, as montadoras também terão de levar em conta uma especificidade do mercado brasileiro, no qual os carros com motores flex predominam. “Somente por este fator, já interessaria mais a elas produzirem no Brasil”, afirma.
Os impactos positivos serão sentidos principalmente pelas áreas de projeto, pela cadeia de subcomponentes e prestadoras de serviços como as ferramentarias, que necessariamente terão de trabalhar junto com as montadoras no desenvolvimento e na produção dos motores, que por lei terão de ser mais econômicos e eficientes.
O “upgrade” também deverá ser sentido, na visão do engenheiro da SAE, pelas empresas que fabricam motores a diesel, por conta da anunciada instalação de diversas novas montadoras de caminhões e de tratores para construção civil e para uso agrícola e industrial, que em geral também são usuárias deste tipo de motor.
“Fabricantes como a Cummins e a MWM mantém há tempos parcerias firmes com as montadoras, pois poucas indústrias de caminhões e ônibus no Brasil produzem motores a diesel, como fazem a Scania e a Volvo”, explica. “Mas a tendência agora é de que todas tentem ampliar seus mercados com diferenciais tecnológicos”.
A expansão quantitativa será acompanhada pela qualitativa, a seu ver, também, em razão de o crescimento do volume de produção tornar viável o aumento das exportações, tanto dos motores de autos como dos movidos a diesel: “Isso só será possível com produtos de alto valor agregado, com a participação de toda a cadeia”.
(Alberto Mawakdiye)
Fonte: Usinagem Brasil
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