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Burocracia Brasilieira ameaça cadeia produtiva do carvão vegetal e ferro-gusa.
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A cadeia produtiva do eucalipto voltada para a fabricação do carvão vegetal e ferro-gusa está ameaçada. O motivo: a excessiva burocracia e o número reduzido de servidores do Estado trabalhando na concessão dos licenciamentos ambientais está deixando empresários dos setores carvoeiro e siderúrgico com um futuro incerto.
Números divulgados pelo presidente do Sindicato das Indústrias e dos Produtores de Carvão Vegetal de Carvão Vegetal de Mato Grosso do Sul (Sindicarv), Marcos Brito, apontam para uma situação calamitosa: 1,17 milhões de metros cúbicos de carvão vegetal deixando de ser produzido, o que equivale 3,5 milhões metros de madeira em lenha ou, ainda, 35 mil hectares de material lenhoso se degradando pelo Estado.
Pelo menos 30% deste material vão apodrecer. De acordo com Marcos Brito, 466 processos solicitando licença ambiental estão paralisados, ou seja, sem resposta para o setor produtivo. "É válido ressaltar que estes licenciamentos ambientais referem-se apenas aos processos que estão no Imasul (Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul) em Campo Grande, o que exclui as regionais espalhadas pelo interior do Estado, como Aquidauana, Três Lagoas, Coxim, Bataguassu, Dourados, Corumbá e Bonito", detalha Marcos Brito.
No setor siderúrgico, estes números podem ser traduzidos em um prejuízo anual de R$ 320 milhões, ou 420 mil toneladas de ferro-gusa, o que por mês dariam 35 mil toneladas. O presidente do Sindicarv se reuniu com o secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Negreiro, que prometeu uma aceleração nas liberações dos licenciamentos ambientais voltados para os setores carvoeiro e siderúrgico. Dos seis auto-fornos, três estão parados e cerca de cinco mil trabalhadores estão em estado ocioso de trabalho, ou seja, aguardando a matéria-prima para trabalhar. Uma nova reunião entre as partes foi marcada para o dia 18 deste mês, com o objetivo de resolver o problema.
Fonte: Painel Florestal News
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