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INDÚSTRIA DE MÁQUINAS SE RECUPERA EM RITMO LENTO – ABIMAQ

Publicada em 2010-05-07



Após iniciar o ano de 2010 em queda, o faturamento nominal da indústria brasileira de máquinas e equipamentos cresceu 12,3% em fevereiro deste ano, em comparação a janeiro, atingindo R$ 5,29 bilhões, segundo estudo do Departamento de Economia e Estatística (DEEE) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Em relação a fevereiro de 2009, o faturamento nominal apresentou um aumento de 23,5%. No entanto, de acordo com Luiz Aubert Neto, presidente da entidade, esse resultado não chega a ser animador, uma vez que 2009 foi um ano muito ruim para o setor. Em comparação com fevereiro de 2008, a queda do faturamento foi de 14%.

No acumulado do bimestre, o valor chegou a R$ 10,0 bilhões, 20,8% maior que o acumulado no mesmo período de 2009, que foi de R$ 8,27 bilhões. Descontada a inflação do período, o acréscimo chega a 21,6%. Já o consumo aparente de máquinas e equipamentos (produção + importações – exportações) cresceu 10,4%, totalizando R$ 13,8 bilhões, ante R$ 12,5 bilhões do primeiro bimestre de 2009.
A queda durante o bimestre ocorreu no setor de válvulas industriais e entre os setores que registraram maior crescimento estão: máquinas para artigos plásticos, máquinas e equipamentos para madeira e máquinas e acessórios têxteis.

Balança comercial
Em janeiro e fevereiro de 2010, o déficit da balança comercial do setor fabricante de bens de capital mecânico foi 15% superior ao resultado apurado no mesmo período do ano de 2009, passando de US$ 1,8 bilhão para US$ 2,1 bilhões. No primeiro bimestre de 2010, o resultado das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos apresentou um desempenho 19% inferior ao do mesmo período de 2009; enquanto isso, as importações cresceram 1,1%.
Luiz Aubert Neto reforça que o fator cambial e os elevados tributos aplicados no país prejudicam a indústria nacional não só nas exportações como na disputa com os importados pelo mercado doméstico, e são responsáveis por, no mínimo, 50% da perda de competitividade das empresas do setor, destacando mais uma vez a prejudicial “concorrência predatória” dos produtos chineses. “Em relação ao mesmo período de 2009, os dados do primeiro bimestre de 2010 mostram o crescimento de 53% das importações da China, que deve alcançar ainda neste ano a segunda posição entre os maiores exportadores de máquinas e equipamentos ao Brasil, ultrapassando a Alemanha”, avalia Aubert.

Emprego
Depois de um longo período sem contratações, em fevereiro, o setor voltou a empregar, criando 1.701 vagas, o que representou um crescimento de 0,7% no nível de emprego. Com esses novos trabalhadores, o setor passou a empregar 238.532 pessoas. Em relação a fevereiro de 2009, o incremento no emprego foi de 0,3%. “Apesar de ser um crescimento ainda modesto, os números começam a se elevar e, mesmo a passos lentos, refletem uma retomada do setor”, declara Aubert.
www.abimaq.org.br


Fonte: Siderurgia Brasil