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Indústria siderúrgica do Brasil vive uma crise.

Publicada em 2013-07-10



A agência de classificação Standard & Poor prevê que a indústria siderúrgica do Brasil vai atravessar um período difícil, impulsionado pelo lento crescimento do PIB e o adiamento de investimentos em diversos setores.

'A indústria siderúrgica do Brasil vive uma crise devido ao fraco crescimento econômico doméstico, o que afeta a demanda do aço na região', disse a agência em seu último relatório.

Em 2012, o PIB do Brasil foi 0,9%, mas neste ano a S&P prevê uma modesta recuperação para possivelmente 2,5%. 'Mas esse crescimento traz riscos ainda maiores de queda', acrescentou a agência. 'A construção de infraestrutura continua robusta, mas outros setores, como a indústria automotiva, bens de capital e construção habitacional, estão lentos.'

Além disso, os setores de petróleo e gás, que crescem fortemente no Brasil, são motivos de preocupação. 'Os atrasos dos projetos regionais de petróleo e gás frustraram as produtoras de aço, que investiram pesado na expectativa de aumento dos pedidos desses setores', disse a S&P.

No que diz rspeito aos preços, a S&P observou que embora o aço continue com tendência de queda devido ao excesso de capacidade global, 'a concorrência doméstica diminuiu, visto que as tarifas de importação mais altas e a desvalorização do real desestimularam as importações a partir do quarto trimestre de 2012. Na verdade, os preços do aço aumentaram cerca de 10% em 2013 no mercado brasileiro, tanto dos longos quanto dos planos.'

Como noticiado, as produtoras de planos aumentaram os preços duas vezes neste ano, em fevereiro e março, e as produtoras de longos em abril.


Fonte: Platts