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Brasil - Alcoa para linha em Poços de Caldas.
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A norte-americana Alcoa, gigante do setor de alumínio, anunciou a paralisação temporária de uma das linhas de produção em Poços de Caldas (Sul de Minas). A medida coloca em risco cerca de 200 empregos no município. No total, a companhia cortará a produção em 124 mil toneladas de alumínio primário no país. Além da unidade mineira, a ação afetará a planta instalada em São Luís (MA).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Poços de Caldas, Ademir Angelino, a multinacional mantém três linhas na unidade. A Linha 3 será desligada temporariamente pela companhia. Para evitar a demissão em massa, o sindicato e a Alcoa estão realizando reuniões para buscar soluções. Hoje, será realizado o terceiro encontro entre os representantes sindicais e a empresa.
Conforme Angelino, uma das alternativas apresentadas pelo sindicato é remanejar os trabalhadores para outras áreas da companhia. 'Se a operação for restabelecida, eles voltam a atuar na linha que será paralisada', diz. Atualmente, segundo o presidente da entidade, a Alcoa é responsável por cerca de 1.100 empregos diretos na cidade.
'Para nós, é uma notícia muito ruim', afirma o prefeito Eloísio do Carmo Lourenço. Além da influência na geração de emprego, a companhia é responsável pela maior parte da receita do município.
Somente com o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), por substituição tributária, são arrecadados em média R$ 3,6 milhões anualmente. Com o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU), são R$ 260 mil direcionados aos cofres públicos.
O prefeito chegou a se reunir com o presidente da Alcoa na América Latina e Caribe, Franklin Feder. Segundo ele, o executivo afirmou que o impacto na produção poderá ser minimizado em função da busca de alternativas, como a utilização de alumínio reciclado.
Além do cenário ruim em função da baixa dos preços no mercado internacional, no Brasil a Alcoa ainda enfrenta problemas com o alto custo da energia, segundo Lourenço. Apesar disso, conforme o prefeito, a companhia não voltou a falar em encerrar as atividades.
No ano passado, a multinacional chegou a avaliar o encerramento das operações na planta do Sul de Minas. O motivo apontado foi o alto custo da energia elétrica, o que inviabilizava a produção de alumínio na unidade. Porém, após reunião entre executivos da companhia e a presidente da República, Dilma Rousseff, a Alcoa anunciou a manutenção das atividades.
Adequação - Em nota, a Alcoa informa que está reduzindo temporariamente sua produção de alumínio no Brasil para adequá-la à atual situação do mercado internacional e à forte queda de preços na Bolsa de Metais de Londres (LME). Conforme a empresa, as operações de mineração, refinaria e transformação não serão prejudicadas.
'Estes ajustes na produção são parte de uma iniciativa global da Alcoa visando aumentar a competitividade de suas operações', informa o comunicado. A companhia anunciou, em maio deste ano, que realizaria uma análise de sua capacidade de produção de alumínio primário em âmbito mundial e poderia reduzir até 460 mil toneladas ao longo de 15 meses. Além do Brasil, as operações de Massena (Estados Unidos), Baie-Comeau (Canadá) e Fusina (Itália) foram reduzidas, segundo a companhia.
O desligamento temporário de uma das três linhas de produção de alumínio primário será feito de forma segura e controlada, permitindo a retomada da fabricação assim que os ambientes econômico e de negócio se mostrarem viáveis. 'A companhia não está medindo esforços para reduzir o impacto desta decisão em relação aos funcionários, clientes, comunidades, parceiros e fornecedores' afirma.
Apesar dos desafios dos últimos anos, a Alcoa fez investimentos consideráveis em suas operações e na autogeração de energia no Brasil. 'A companhia emprega mais de 6 mil pessoas e visa proporcionar benefícios sociais, ambientais e econômicos nas comunidades em que está inserida', conclui o texto.
Rafael Tomaz
Fonte: Diário do Comércio
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