Notícias

Em um mês, marcas alemãs injetam R$ 1,5 bilhão no Brasil.

Publicada em 2013-10-07



As fabricantes alemãs estão comprometidas com a celebração, este ano, do ano da Alemanha no Brasil. Somados, são nada menos do que R$ 1,5 bilhão de investimentos anunciados recentemente em novas fábricas, ampliação de linhas já existentes e localização de produção. Todos os anúncios contaram com a presença da presidente Dilma Rousseff.

Primeiro foi a Audi. A empresa aportará R$ 500 milhões em São José dos Pinhais (PR) para adaptação e ampliação de linha de montagem. De lá, sairão os modelos A3 Sedan em 2015 e, pouco depois, o utilitário Q3. Com o início da produção local a meta é dobrar sua rede de concessionários até 2020.

Depois, logo no primeiro dia de outubro, foi a vez da Mercedes-Benz anunciar seus planos de construção de nova fábrica em Iracemápolis, interior de São Paulo. O investimento também é da ordem de R$ 500 milhões destinados à produção, a partir de 2016, da nova geração da Classe C e do GLA, que chegarão ao Brasil no final do ano que vem, conforme apurou a reportagem de C/D, primeiramente como modelos importados da Alemanha. A unidade terá capacidade produtiva de 20 mil veículos por ano e empregará cerca de mil profissionais.

E o mais recente anúncio foi feito pela Volkswagen. Serão R$ 520 milhão investidos na ampliação da fábrica em São José dos Pinhais (PR) para produzir o novo Golf, apresentado recentemente para a imprensa na Alemanha. O investimento permitirá um aumento de até 20% de sua capacidade de produção e, somado aos R$ 8,7 bilhões, já programados anteriormente, totaliza 9,2 bilhões de aporte de 2012 a 2016.

GolfTodos esses investimentos não apareceram por acaso. Foram motivados pelo novo regime automotivo, o chamado Inovar-Auto, que tem como principal objetivo o incentivo à produção de carros no Brasil de acordo com uma série de regras. Uma vez não atendidas, os carros importados podem o IPI de seus carros 30 pontos percentuais acima aos dos nacionais. Além disso, com os anúncios das fábricas de marcas alemãs, aumenta a cota de importação sem IPI extra dos modelos com nacionalização já confirmada.

Mas essa questão ainda precisa evoluir em alguns aspectos, já que será necessária a fabricação no Brasil de vários itens de alta tecnologia ligados à eficiência energética dos modelos que serão fabricados no Pais, o que será discutido no Inovar-Peças.


Fonte: Car and Driver Brasil