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MAN prevê crescimento do mercado de caminhões entre 5% e 10% em 2014.

Publicada em 2013-10-29



    • O presidente da MAN na América Latina, Roberto Cortes, projetou hoje um crescimento na faixa de 5% a 10% do mercado de caminhões no ano que vem.

      Segundo ele, as vendas desses veículos, que caminham para fechar 2013 com alta de 10% - num total de 150 mil unidades -, tendem a mostrar taxas de crescimento mais conservadoras em 2014.

      Contudo, o executivo acredita que o mercado poderá repetir a taxa de crescimento de dois dígitos se houver uma combinação favorável de fatores - entre safra recorde no agronegócio, manutenção de taxas reduzidas nos financiamentos de bens de capital, a retomada dos investimentos em infraestrutura e um programa nacional de renovação de frotas.

      “Se tudo isso funcionar, podemos até crescer 10%”, disse o executivo, que, com a linha de veículos comerciais da marca Volkswagen, comanda a maior fabricante de caminhões do país.

      Durante a apresentação à imprensa da Fenatran, o salão da indústria de transportes que abre as portas ao público amanhã no pavilhão de exposições do Anhembi, zona norte da capital paulista, Cortes disse que o plano de investimentos da MAN - de R$ 1 bilhão até 2016 - será concentrado na fábrica da montadora em Resende, no sul do Rio de Janeiro. (Valor Econômico/Eduardo Laguna)
  • Mercedes investe R$ 1 bilhão em ônibus e caminhões no País

    • O Estado de S. Paulo

      A Mercedes-Benz do Brasil anunciou ontem investimentos de R$ 1 bilhão para as fábricas de caminhões e ônibus de São Bernardo do Campo (SP) e Juiz de Fora (MG). O montante será aplicado em 2014 e 2015 em pesquisa e desenvolvimento de produtos e tecnologias, nacionalização de componentes e modernização de áreas de produção.

      No início do mês, o grupo já havia anunciado R$ 500 milhões para a construção de uma fábrica de automóveis em Iracemápolis (SP), com início de operações previsto para 2016.

      O anúncio deste domingo foi feito pelo presidente mundial da divisão de Caminhões, Stefan Buchner, que disse ser esse o maior investimento do grupo alemão num país atualmente. "Um em cada quatro caminhões que produzimos é feito no Brasil", informou. O País é o maior consumidor de veículos comerciais da marca, seguido pela Alemanha.

      Buchner participou da apresentação das novidades que a empresa expõe no Salão Internacional do Transporte (Fenatran), que será aberto ao público nesta segunda-feira, no Anhembi.

      "Nossa empresa é responsável pelo maior plano de investimentos do setor, destinando R$ 2,5 bilhões ao Brasil de 2010 a 2015, com destaque para a inauguração da nova fábrica em Juiz de Fora e o aumento da capacidade produtiva em São Bernardo", disse Philipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil.

      A Mercedes é a maior fabricante brasileira de veículos comerciais. Em vendas, é líder no segmento de ônibus e vice-líder em caminhões. Buchner ressaltou que a meta é recuperar a liderança em caminhões, perdida para a MAN/Volkswagen há dez anos. "Pode parecer conversa mole, mas nós vamos trabalhar todos os dias para cumprir o que prometemos".

      Ao todo, as principais fabricantes de caminhões e ônibus têm planos de investir cerca de R$ 5 bilhões até 2016.

      A MAN segue com o plano iniciado em 2009 de aportes de R$ 1 bilhão, mas, por enquanto, desistiu de ter uma nova fábrica. "O Brasil é um dos mercados mais interessantes do mundo para nós", ressaltou o presidente mundial da MAN Caminhões e Ônibus, Anders Nielsen.

      A Iveco, do Grupo Fiat, vai aplicar R$ 900 milhões no período 2012-2014 (30% de todo o aporte que a companhia fará nos mercados onde atua) e trabalha para estar entre as três maiores fabricantes do País. "A concorrência nos obriga a ser criativos, usar tecnologias mais alinhadas com o que tem lá fora e não temos medo de enfrentá-la", disse Marco Borba, vice-presidente da Iveco ao falar sobre a chegada de novas fabricantes. A marca detém hoje 9% de participação das vendas totais.

      Mercado

      As empresas do setor esperam para este ano um mercado de 150 mil caminhões, 12% maior que o de 2012. Para 2014, as apostas variam de estabilidade a crescimento de 6%.

      Há grande ansiedade dos executivos sobre o anúncio das novas regras para o Finame, programa federal de financiamento usado em 60% a 70% das vendas do setor. Hoje, o juro mensal é de 4%, mas há receios de que essa taxa suba, o que pode mudar as previsões de vendas.

      Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford, trabalha com um mercado próximo a 165 mil caminhões em 2014, enquanto seus pares falam em 150 mil a 160 mil. A Ford vai investir no País R$ 670 milhões até 2015.

      Entre os destaques da Fenatran, que ficará aberta até sexta-feira, há o Atego Econfort, da Mercedes, primeiro semipesado a receber câmbio totalmente automatizado. A Volvo mostra o FH 16 750, o maior caminhão vendido na Europa (tem capacidade para 250 toneladas), que será importado e custará R$ 1 milhão. Também tem o primeiro caminhão movido a gás natural, enquanto a Scania expõe seu caminhão a etanol.

      A DAF apresenta seu primeiro caminhão brasileiro, o XF 105, que começou a ser produzido em Ponta Grossa (PR) neste mês. A Fiat lança o Uno Furgão e a nova Fiorino, ambos feitos na plataforma do Uno, em substituição aos modelos feitos na base do Mille, que sai de linha. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)

Fonte: Valor Econômico