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Preço interno do aço força indústrias à importação.
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A diferença dos preços praticados no Brasil em comparação com os cobrados no exterior está provocando uma explosão nas importações nacionais de aço. Os desembarques do produto no primeiro quadrimestre deste ano (1,817 milhão de toneladas) cresceram 155,7% contra as 710 mil toneladas importadas pelo país no mesmo período do exercício passado. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Aço Brasil (IABr).
Este ano, em abril o aço já sofreu um reajuste de preço, que chegou a 15%, mas um novo acréscimo, entre 8% e 12%, está programado para junho ou julho. As elevações no preço do aço erão trimestrias, acompanhando medida adotada pela Vale S/A e que foi seguida por outras mineradoras. O resultado foi impulsionado, principalmente, pelos desembarques de aços planos, insumo utilizado pela indústria automotiva, no Estado representada pela Fiat Automóveis S/A (Fiasa), instalada em Betim (RMBH). Conforme os dados do IABr, de janeiro a abril do presente exercício, as importações nacionais de aços planos somaram 1,259 milhão de toneladas frente a 453,4 mil toneladas em idêntico intervalo de 2009, o que significa uma alta de 177,9%.
A produção brasileira de aços planos de janeiro a abril do presente exercício (5,043 milhões de toneladas) também cresceu, neste caso 84,8%, na comparação com a do mesmo período do ano passado, quando o parque siderúrgico nacional produziu 2,729 milhões de toneladas.
De acordo com as informações divulgadas pelo IABr, os embarques nacionais de aços planos passaram de 524,7 mil toneladas no primeiro quadrimestre do ano passado para 833,8 mil oneladas no mesmo período deste exercício, avanço de 58,9%.
A tendência de crescimento nas importações de aços planos também foi verificada em todos os produtos da cadeia produtiva siderúrgica. No caso dos aços longos, durante o primeiro quadrimestre de 2010, os desembarques somaram 399,3 mil toneladas contra 163,6 mil toneladas em igual período do ano passado, um avanço de 144,1%.
Mesmo com o aumento nas importações, a produção nacional de aços longos no acumulado dos quatro primeiros meses deste ano somou 3,383 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 53,2% frente à do indêntico intervalo de 2009, quando 2,208 milhões de toneladas do insumo foram produzidas pelo parque siderúrgico brasileiro, ainda sob efeito da crise econômica global.
A produção nacional de aço bruto nos quatro primeiros meses deste ano somou 10,674 milhões de toneladas ante 6,729 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado, um aumento de 58,6%. No período, o parque siderúrgico de Minas Gerais produziu 3,785 milhões de toneladas de aço bruto, o equivalente a 35,4% do total nacional.
Já a produção brasileira de aço bruto em abril deste ano foi de 2,7 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 4,3% em relação a março; e um aumento de 56,6% contra igual mês em 2009. Com esses resultados, a produção acumulada em 2010 totalizou 10,7 milhões de toneladas de aço bruto até abril, o que representou um avanço de 58,6% ante igual período em 2009. Em seu comunicado, o IABr detalhou ainda a produção de laminados, que somou 2,2 milhões de toneladas em abril.
As vendas externas nacionais do aço longo caíram 9,6%, se comparados os embarques do primeiro quadrimestre deste ano, que totalizaram 359,3 mil toneladas, com as exportações do idêntico período de 2009 (397,6 mil toneladas), segundo as informações do IABr.
As vendas no mercado interno de 2010 somaram 6,816 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre de 2010 contra a comercialização de 4,309 milhões de toneladas no mesmo intervalo do exercício passado, crescimento de 58,2%. Já o comércio com o exterior somou, no período, 2,471 milhões de toneladas frente 2,232 milhões de toneladas de janeiro a abril de 2009, alta de 10,7%.
Fonte: Diário do Comércio
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