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Setor de máquinas no Brasil fecha o ano com retração de 4%.
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Ao contrário do que se previa, o setor de máquinas e equipamentos terminará o ano com queda no valor total de suas vendas. A previsão da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que resumiu 2013 como 'um ano perdido', é de redução de 4% em relação aos R$ 80 bilhões do ano passado, em termos nominais, de acordo com Mario Bernardini, assessor econômico da associação.
Depois de um 2012 que também foi ruim - com queda de 3% no faturamento em relação a 2011 - no primeiro bimestre a Abimaq previa alta de 5% a 7% em 2013. No entanto, logo no primeiro trimestre os pedidos e as vendas frustraram as companhias. Ao fim de junho, o setor tinha redução de 8% nas receitas. Apesar de uma leve melhora no segundo semestre, o resultado registrado pela Abimaq até outubro é uma contração de 5% no faturamento em relação aos primeiros dez meses do ano passado, com R$ 67 bilhões. A demanda fraca, a redução de 12% no nível de exportações até outubro e o aumento de 7% nas importações contribuíram para um ano ruim.
As empresas afirmam que após investimentos feitos nos últimos anos para elevar a produção no país, chegaram a ter de reduzir preços de máquinas em alguns segmentos. Segundo a Abimaq, os reajustes de preços ficaram 18% abaixo da inflação. 'Os fabricantes de máquinas não puderam repassar para o preço o proporcional ao aumento de produção', diz Carlos Pastoriza, diretor-secretário da Abimaq, em coletiva de imprensa.
De acordo com a Abimaq, o setor de máquinas e equipamentos operou em outubro com uma utilização de 76,8% de sua capacidade instalada e teve uma carteira de pedidos 1,4% menor do que a do mesmo mês do ano passado.
Para o ano que vem, as empresas esperam aumento na demanda por máquinas usadas em obras das concessões públicas. As expectativas são de continuidade da melhora mês a mês, como aconteceu em outubro com relação a setembro.
A Abimaq diz que 2014 poderá ser um pouco melhor do que 2013 caso medidas do governo ajudem o setor. A entidade considera fundamental a prorrogação, com as mesmas condições atuais, do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que garante financiamento com crédito mais barato para a compra de máquinas. Em 2013, 'o PSI foi o oxigênio que manteve as empresas', afirmou Pastoriza.
A Abimaq espera que o governo lance os programas Inovar Máquinas e Mais Investimentos, hoje em discussão com o governo.
Fonte: Valor
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