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Setor de sucata ferrosa do Brasil leva reivindicações a Ministério do Desenvolvimento.
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O Instituto Nacional das Empresas de Sucata Ferrosa (Inesfa), que representa as empresas responsáveis por 47% de toda a sucata preparada no Brasil, participa nesta terça-feira, dia 3 de dezembro, de reunião no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O objetivo do encontro, convocado pelo Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), ligado ao ministério, é conhecer as principais reivindicações dos setores envolvidos no programa do governo. A partir dessa avaliação, serão sugeridas medidas de apoio aos vários segmentos, fiscais, financeiras e creditícias.
O Inesfa, que reúne entre seus associados cerca de cinco mil empresas em todo o país, a maioria pequenas e médias, defende a criação de políticas de incentivo à reciclagem da sucata ferrosa, tal como a renovação da frota nacional de veículos automotores em desuso. Com vasta experiência, as empresas associadas do Inesfa possuem expertise e equipamentos que processam o material ferroso de forma rápida, segura e ambientalmente correta, sendo totalmente capacitadas para atuar na reciclagem de veículos e comercializá- los para fins siderúrgicos e fundições. Atualmente, apenas 1,5% de toda a frota é reciclada no país, mas com uma política definida é possível fomentar o setor de sucata ferrosa, contribuindo para preservação do meio ambiente e estimular a reciclagem de veículos no Brasil.
Outro ponto que será levado à reunião de terça-feira é a necessidade de desoneração dos tributos incidentes na folha de pagamento, que influenciam diretamente na empregabilidade do setor. As empresas recicladoras empregam de forma direta e indireta mais de 1,5 milhão de pessoas. O Inesfa vai sugerir ainda ao governo que as empresas tenham acesso a uma linha de créditos para aquisição de novas máquinas e equipamentos, com recursos do Bndes.
O pedido de taxação da sucata exportada, feito no ano passado pelo Instituto Aço Brasil (IABr), é outra preocupação das empresas que comercializam a matéria-prima. O pleito de taxação foi feito pelas usinas siderúrgicas, mas por enquanto não há qualquer decisão do governo nesse sentido. O Inesfa propõe o arquivamento em definitivo do pleito, uma vez que o mercado de sucata ferrosa não suportaria qualquer tributação à exportação. Segundo o instituto, o país é responsável por apenas 0,2% das exportações de sucata no mundo, isto representa aproximadamente 3,5% em relação ao consumo interno e não haveria motivos para incidência tributária para controle do mercado interno.
Fonte: Monitor Mercantil
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