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Hyundai prepara mais investimento no Brasil.
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Marca que mais cresce no mercado brasileiro, a Hyundai se debruça sobre uma segunda fase de investimentos no Brasil. O plano está baseado em expansão da capacidade produtiva e maior nacionalização dos carros produzidos na fábrica de Piracicaba (SP), inaugurada há pouco mais de um ano.
A linha foi projetada para produzir 150 mil carros por ano, mas essa capacidade se mostrou insuficiente diante do sucesso do HB20, o compacto montado no interior paulista. Entre janeiro e novembro, a Hyundai vendeu mais de 140 mil carros nas três versões do modelo: hatch, sedã e crossover. A expectativa, conforme informações da própria empresa, é que esse volume suba para perto de 165 mil unidades com os emplacamentos previstos para este mês.
Dignos de comemoração, esses resultados superaram as expectativas que a montadora tinha para o primeiro ano de operação no país. Por outro lado, os números impõem novos desafios às ambições do grupo coreano de chegar a 10% do mercado, já que o potencial de crescimento passou a esbarrar numa capacidade de produção completamente tomada.
Para dar conta da forte demanda, que chegou a causar listas de espera superior a quatro meses após o lançamento do HB20, foram necessárias horas extras de trabalho e, em setembro, a montadora teve de lançar, antes do previsto, o terceiro turno de produção em Piracicaba. Só essa nova jornada de trabalho exigiu contratações de 700 operários e investimentos adicionais de R$ 60 milhões em máquinas e equipamentos.
Agora, com a fábrica operando 24 horas e utilizando todo seu potencial, a Hyundai se vê forçada a aumentar a capacidade para seguir crescendo. William Lee, presidente da montadora no Brasil, diz que soluções a essa situação já estão sendo avaliadas. "Temos muitas opções para crescer ainda mais no Brasil e isso faz parte de nossos estudos", informou o executivo ao Valor logo após participar de premiação realizada na quinta-feira pela agência de fomento paulista Investe São Paulo.
Porém, antes de tomar qualquer decisão, como contratar mais operários ou ampliar o tamanho da linha, a empresa vai aguardar os resultados do primeiro semestre de 2014 para aferir se as vendas do HB20 seguirão "quentes" depois do primeiro impacto provocado pelo carro. A montadora, da mesma forma, espera uma definição sobre as novas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e suas implicações na demanda por carros. O governo promete retirar gradualmente os descontos no imposto a partir de janeiro, mas ainda não informou quais serão as novas alíquotas.
Se for necessário, há espaço para crescer em Piracicaba. Ricardo Martins, gerente da Hyundai responsável por assuntos corporativos, diz que a fábrica hoje ocupa apenas pouco mais da metade da área disponível à produção. "Ainda podemos expandir em aproximadamente 45% desse terreno".
Em outra frente, a montadora avança no estudo de investimento em uma fábrica de motor e câmbio no país, para atender as exigências de nacionalização de conteúdo do novo regime automotivo. Hoje, tanto os propulsores como a transmissão, que têm peso significativo no valor de um carro, são importados da Coreia. Ainda assim, a Hyundai garante cumprir com folga aos requisitos atuais da nova política automotiva. De acordo com Martins, o desempenho da marca nos quatro primeiros meses do ano que vem deve ser decisivo para a definição do novo ciclo de investimento.
Hoje, somando as importações e produção de utilitários feitas por seu parceiro local, o grupo Caoa, a Hyundai representa quase 6% das vendas totais de automóveis de passeio e utilitários leves do país. Com a chegada do HB20, suas vendas no mercado brasileiro dobraram neste ano, somando quase 191 mil carros licenciados de janeiro a novembro. Esse desempenho coloca a Hyundai como a sexta marca mais vendida do país.
Segundo Lee, a montadora quer consolidar sua marca no Brasil em 2014, principalmente com a exposição que terá na mídia como patrocinadora da Fifa durante a Copa do Mundo. "A Copa estará em nosso foco", disse o executivo ao Valor, pouco antes de embarcar para Costa do Sauípe, na Bahia, e acompanhar o sorteio dos grupos do Mundial de futebol na sexta-feira. (Valor Econômico/Eduardo Laguna)
Fonte: Valor Econômico
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