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Setor automotivo encerra 2013 com novo recorde histórico na produção.
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O ano passado terminou com sinal amarelo no setor automotivo. A produção total foi recorde: 3,74 milhões de veículos saíram das fábricas, 9,9% mais que em 2012 e 9,1% acima de 2011 - ano que até então havia registrado a maior produção da história. O finalzinho de 2013, porém, confirmou a desaceleração que se instalou nas linhas de montagem ao longo do segundo semestre. No que se refere à produção de veículos, foi o pior dezembro desde 2008, quando se iniciou a crise global. No que se refere ao licenciamento, o ano também foi de leve queda - um recuo de 0,9%
Na avaliação de Leandro Padulla, economista da MCM, a virada gradual na produção e nas vendas em um ano marcado por um recorde, reflete o desgaste da política pública para o setor automotivo. "O ano de 2013 terminou com uma espécie de ressaca: estamos vendo o esgotamento dos estímulos que o governo ofereceu para elevar a demanda", diz Padulla.
Em dezembro, foram produzidos 235,9 mil veículos - uma queda de 18,6% em relação a novembro, que já tinha sido um mês de retração, e um recuo de 12,1% em relação a dezembro de 2012. A produção vinha caindo, mês a mês, desde setembro e em dezembro foi de forte retração na maior parte dos segmentos: automóveis (-11,7%), comerciais leves (-12,8%), caminhões (-9%) e ônibus (-37,4%).
Por causa da desaceleração, Padulla projeta um 2014 menos reluzente para o setor. A reposição da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), um cenário moderado no mercado de trabalho e a expectativa de que a renda não vai crescer tanto em 2014 como em anos anteriores vão levar à retração nas vendas de automóveis.
Caminhões e ônibus ainda contam com o apoio do PSI, o Programa de Sustentação do Investimento, mas o aumento da taxa de juros, já anunciado pelo governo, tende a arrefecer os ânimos para novas aquisições.
A tendência é que até o segmento de máquinas agrícolas também sinta um recuo, uma vez que o agronegócio terá uma expansão menor, na casa de 1,8%, depois de avançar mais de 7% em 2013. “Não há como a indústria repetir em 2014 o desempenho do ano passado”, diz o economista.
Comemoração
Na Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o clima durante o anúncio dos resultados ontem era de otimismo. Para o presidente da entidade, Luiz Moan, 2013 teve •"desempenho excepcional". "Não estamos desacelerando a produção, temos um ritmo de crescimento menor do que em 2012", diz Moan.
Pelos cálculos da entidade, a produção de veículos em 2013 cresceu 34,7% sobre a média dos últimos dez anos. A alta de 9,9% na produção em 2013 sobre 2012-, na avaliação da entidade, refletiu os benefícios da política pública para o setor. "Volto a repetir: boa parte disso é em função do Inovar Auto (regime automotivo lançado para promover a competitividade do setor automotivo)", disse. "Tenho certeza de que a nossa produção vai continuar crescendo nos próximos anos até 2017."
A exportação de veículos e de máquinas agrícolas também foi recorde. Totalizou US$ 16,6 bilhões, crescimento de 13,5%. "Nunca exportamos tanto em valor como no ano de 2013", destacou Moan. Para 2014, a expectativa é de alta de 2,6% nas vendas externas.
Para Moan, a retração nas vendas foi momentânea e provocada pela seletividade no crédito. "Tivemos um ano bastante difícil, mas, tenho convicção, que em 2014 o crédito vai aumentar: acreditamos em um crescimento 5%, que será fundamental no papel de alavancar não somente a cadeia de veículos novos, mas também a de usados, que é a porta de entrada", disse Moan.
Fonte: O Estado de São Paulo
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