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Maior oferta deve derrubar preço do minério em 2014.
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Os preços internacionais do minério de ferro deverão cair neste ano, conforme especialistas consultados pelo Diário do Comércio. A cotação do insumo será afetada pelo aumento da oferta em aproximadamente 80 milhões de toneladas em 2014.
Apesar de registrar uma variação negativa de aproximadamente 7% no preço praticado entre o início e o fim de 2012 no mercado spot (à vista) chinês, passando de US$ 144,90 para US$ 134,20 a tonelada, a cotação média foi melhor. Em 2013, o insumo siderúrgico foi negociado em média por US$ 135 no mercado spot (à vista), contra US$ 128 no exercício anterior. Isto representa uma variação positiva de 5,4% no período.
Já em 2014, é esperado um desequilíbrio entre a oferta e a demanda por conta do start-up de importantes projetos de algumas gigantes da mineração, principalmente na Austrália. Somente a BHP, a Rio Tinto e a Fortescue deverão colocar 60 milhões de toneladas de minério no mercado internacional.
Além do minério australiano, o Brasil deverá contribuir com mais aproximadamente 20 milhões de toneladas à oferta internacional em 2014 em função da entrada de operação de alguns projetos. Entre os empreendimentos que entrarão em operação no país neste ano está o Sistema Minas-Rio, da Anglo American, com jazidas em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas, ambas no Médio Espinhaço.
De acordo com o analista da Tendências Consultoria, Bruno Resende, o insumo siderúrgico deverá encerrar este ano negociado por US$ 118 a tonelada. Levando em consideração a cotação registrada no final de 2013, poderá ser registrada retração de até 12% no período.
Na avaliação do especialista, a tendência de redução nos preços deverá se manter no longo prazo. As projeções da consultoria é o mercado se manter superavitário até 2018. Neste período, de acordo com Resende, o preço poderá ficar abaixo de US$ 100.
Ele explica que, atualmente, quando os valores caem abaixo de US$ 120 a tonelada, mineradoras chinesas de alto custo deixam de produzir, reduzindo a oferta e alavancando os preços. Porém, com a entrada em operação de projetos com custos de produção menores, este efeito será menor.
Excedente - Além da maior disponibilidade de minério de ferro, o excedente de produção de aço da China também deverá afetar o mercado, na avaliação do presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Castro. O país asiático é o principal consumidor da commodity mineral, além de ser o maior produtor de aço do planeta.
As projeções da entidade apontam que as exportações brasileiras deverão alcançar uma média de US$ 94 a tonelada em 2014. O valor é 3,09% inferior ao verificado no ano passado, quando atingiu US$ 97 a tonelada.
Castro aponta também que o equilíbrio entre a oferta e a demanda deverá ocorrer somente no longo prazo. Porém, ele ressalta que não há uma sobreoferta significativa no mercado internacional.
Porém, a preocupação para o país se dá em função do minério de ferro ser o principal item da pauta de exportações. Em Minas Gerais, por exemplo, o insumo respondeu por 47% nas vendas externas até novembro.
Fonte: Diário do Comércio
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