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Gusa Brasileiro reabre portas para a exportação.
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Novas janelas de embarque pelo Porto de Vitória (ES) abrem caminho para as exportações mineiras dos produtores independentes de ferro-gusa (matéria-prima da fabricação de aço), segmento que tem grande peso na produção industrial do estado. A VLI, empresa de logística integrada controlada da mineradora Vale, pôs em funcionamento no mês passado uma rota de escoamento dedicada ao gusa dos pontos de recepção da carga ao píer 4 do Terminal de Produtos Diversos (TPD) localizado no complexo de Tubarão. Outra iniciativa é do Sindicato da Indústria do Ferro de Minas Gerais (Sindifer-MG), que prepara para fevereiro a retomada das operações do terminal portuário de Paul, paralisado há cerca de seis anos, com a contratação de operador especializado.
Os dois canais diretos de embarque dão gás às vendas das empresas de Minas num momento crucial de recuperação de clientes no exterior, observado no último trimestre de 2013 e que se confirma agora, informou Bruno Melo Lima, diretor-presidente da Metalsider, de Betim, na Grande Belo Horizonte, e representante do Conselho do Sindifer-MG. “Os Estados Unidos e Taiwan voltaram a comprar a nossa produção e a Europa também abriu mercado para o Brasil”, afirmou. Embora o setor ainda enfrente ociosidade nas usinas estimada em 60%, fornos foram religados no polo produtor de Sete Lagoas, na Região Central de Minas, contratações de trabalhadores voltaram a ser feitas, e 2014 começou com demanda ativa no Brasil e no exterior. Os preços subiram 15% a 20%, dependendo do produto.
Até então, as empresas mineiras exportam pelos portos do Rio de Janeiro e de Vitória, disputando espaço com outras cargas. No litoral do Espírito Santo, depois da interrupção das atividades do cais de Paul, a única opção era o Terminal de Produtos Siderúrgicos (TPS) operado pela Usiminas. Atenta às dificuldades do setor, a VLI decidiu investir em adequações no píer 4 do Terminal de Produtos Diversos (TPD) de Tubarão, que opera com fertilizantes, para atender os produtores de gusa. A rota de escoamento integrada do produto criada pela empresa usa os trilhos da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) e o terminal próprio numa operação contínua, evitando o risco de os navios permanecerem atracados sem que a carga esteja formada para o embarque.
A nova rota permite economia entre 6% e 10% dos custos de frete e de estiva, de acordo com o gerente comercial de Siderurgia da VLI, André Leal. No TPD, operado pela companhia, a área de estocagem do píer 4 foi ampliada para abrigar 35 mil toneladas, em lugar das 10 mil toneladas anteriores, viabilizando a formação de pilhas de gusa a ser embarcado, e equipamentos para o manuseio da carga foram contratados. “A primeira operação em dezembro (de 22 mil toneladas exportadas) foi o teste. Vamos fazer ajustes finos, com a meta de oferecer o serviço para 200 mil toneladas por ano.”
LICITAÇÃO O Sindifer-MG abriu licitação para contratar o novo operador do terminal portuário de Paul, que foi gerenciado pela Vale até 2007. Em Sete Lagoas, o presidente do sindicato local dos metalúrgicos, Ernane Geraldo Dias, disse que o religamento de dois fornos e a expectativa de retorno à operação de um terceiro equipamento reabriu as contratações. De 36 fornos, 17 estão funcionando. Com a crise enfrentada desde 2008, o setor cortou à metade o número de empregados, hoje, de 2,4 mil pessoas. A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) informou que o terminal poderá operar sob a jurisdição da Alfândega da Receita Federal.
Fonte: UAI
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