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Brasil - Fundições de Minas registraram queda de 30% na produção.
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As fundições mineiras estão produzindo 30% a menos do que a média registrada no ano passado e operam com cerca de 50% de ociosidade. O setor, que é afetado pela retração na demanda por parte da indústria automotiva, pode até mesmo começar a demitir no Estado.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Fundição no Estado de Minas Gerais (Sifumg), Afonso Gonzaga, as empresas estão operando com uma média mensal de aproximadamente 70 mil toneladas. Em 2013, quando a produção atingiu 1,230 milhão de toneladas, eram produzidas 102 mil toneladas/mês. 'Estamos passando por um período complexo', afirma.
O setor em Minas conta hoje com uma capacidade instalada de aproximadamente 2 milhões de toneladas/ano e, conforme Gonzaga, a ociosidade gira entre 45% e 50%.
Entre os fatores que derrubaram a produção está a redução nos pedidos por parte da indústria automotiva, que responde por aproximadamente 60% do consumo de fundidos no país. 'Em Minas Gerais não é diferente', diz o presidente da entidade.
As montadoras vêm, ao longo deste ano, registrando resultados negativos no país e por isso reduziram o ritmo. Algumas, como a Fiat, chegaram a conceder férias coletivas. Para se ter uma ideia, a produção de veículos no Brasil caiu 12% no primeiro quadrimestre na comparação com o mesmo intervalo de 2013, passando de 1,21 milhão para 1,07 milhão de unidades, conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Além do setor automotivo, conforme o dirigente, também é verificada redução nos pedidos por parte do agronegócio, outro importante cliente das fundições no Estado. 'Nós tivemos no ano passado uma situação cambial que nos dava condições de exportar. Porém, o dólar cotado a R$ 2,20 prejudica o comércio exterior', diz. Segundo ele, a cotação ideal seria de R$ 2,40. As exportações, que respondem por entre 9% e 13% da demanda também estão em baixa em função da atual cotação do dólar.
Com a produção em queda, algumas fundições de Minas Gerais já estão concedendo férias coletivas para seus funcionários. De acordo com Gonzaga, as empresas estão evitando as demissões por conta da dificuldade em qualificar a mão de obra. Mas as dispensas não estão descartadas, caso não seja verificada melhora no cenário nos próximos meses.
Conforme Gonzaga, apesar da redução na demanda, a entidade mantém a projeção de crescimento de 6,5% na produção em 2014 na comparação com o exercício passado. As expectativas se devem ao incremento sazonal registrado em junho, julho e agosto, que pode reverter o atual cenário. 'Historicamente, estes são meses de aumento na produção', afirma.
O presidente ressalta que a indústria da fundição em Minas é competitiva. Conforme ele, nos últimos anos as empresas investiram na modernização, na produtividade e na gestão. Segundo Gonzaga, nos últimos anos foram registrados resultados positivos e a produção ficou acima dos patamares pré-crise de 2008.
Fonte: Diário do Comércio
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