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Brasil - Declínio em siderúrgicas resulta em demissões em Divinópolis, MG.
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Após crise na produção e demissão de funcionários em 2008, as siderúrgicas em Divinópolis e região não se estabilizaram totalmente. Atualmente, dez das 17 empresas da região estão com as atividades suspensas. Desde novembro de 2013, 300 profissionais foram demitidos. Em 2009, a quantia foi de mais de 700.
A situação preocupa o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Anderson William dos Santos. “Desde novembro foram cerca de 350 demissões. Uma empresa fechou gerando um corte de 120 empregos, outra siderúrgica também fechou e inclusive já tirou o cinturão verde do entorno da empresa, recentemente tivemos uma tradicional siderúrgica na cidade fechando as portas, demitindo cerca de 120 pessoas”, afirmou.
O auxiliar de descarga Adalberto Gonçalves faz parte da estatística de ex-funcionários das indústrias. Segundo ele, a demissão foi justificada devido à empresa estar encerrando as atividades. Os benefícios perdidos refletem nos problemas de manutenção do lar. “É uma situação complicada para uma pessoa que tem família, com filhos, além do aluguel ficar em casa sem fazer nada”, disse.
O desemprego e a crise vivenciada em Divinópolis e região refletem na produção de ferro gusa de Minas Gerais, segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Afonso Gonzaga. “Essa crise vem desde 2008 e tem nos preocupado bastante, o mercado internacional ainda não reagiu, tínhamos os EUA como maior comprador do ferro-gusa e agora também não tem comprado como antes. Apesar de termos o melhor produto, principalmente para o setor automobilístico, a crise continua. Temos buscado junto ao Congresso uma solução que de sustentabilidade ao setor”, afirmou.
Mesmo com os declínios, o estado continua sendo o maior produtor da matéria-prima para o país. São três mil empregos diretos no Centro-Oeste mineiro. Paulo Antônio da Costa é diretor em uma empresa que emprega 80 profissionais. Há três anos no setor, ele acompanhou os altos e baixos. “A solução tem sido buscar novos mercados nos exterior em busca de um equilíbrio entre a produção e a demanda”, destacou.
Fonte: CNB
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