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Economistas revisam projeções e esperam crescimento para o Brasil de 1,24%.

Publicada em 2014-06-19



A previsão de crescimento da economia brasileira em 2014 recuou de 1,44% para 1,24% na pesquisa Focus do Banco Central (BC) divulgada ontem. Para 2015, a estimativa de expansão recuou de 1,80% para 1,73%.

A projeção para o crescimento do setor industrial em 2014 também apresentou queda em relação à semana anterior, ao passar de 0,96% para 0,51%. Para 2015, segue em 2,25%.

Os analistas corrigiram ainda de 34,85% para 34,70% a previsão para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. Para 2015, recuou de 35,05% para 35,00%.

No caso da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços Nacional ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014, a previsão deste ano recuou de 6,47% para 6,46%. Para 2015, a projeção subiu de 6,03% para 6,08%.

A projeção de inflação para os próximos 12 meses à frente também caiu, passou de 6,01% para 5,91%, conforme a projeção suavizada para o IPCA.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2014 no cenário de médio prazo ficou estável em 6,30%. Para 2015, a previsão dos cinco analistas segue em 7,03%. Há quatro semanas, o grupo apostava em altas de 6,62% para 2014 e 6,35% para 2015.

Entre todos os analistas ouvidos pelo BC, a mediana das estimativas para o IPCA de junho permaneceu estável em 0,34%, taxa registrada pela quinta semana seguida. Para julho, a projeção recuou de 0,28% para 0,27%.

Por outro lado, os economistas consultados pelo BC mantiveram a previsão para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2014 em 11,00% ao ano. A taxa básica de juros está em 11,00% ao ano desde a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que ocorreu em maio. Para 2015, a mediana ficou em 12% pela terceira semana consecutiva.

Nas estimativas do Top 5, a expectativa para a Selic no fim de 2014, no médio prazo, segue estável em 11,25% pela terceira semana seguida e, para 2015, ficou estável em 11,63%.

Com relação aos demais indicadores de preços, a estimativa para o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2014 caiu de 6,24% para 6,19%. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que corrige a maioria dos contratos de aluguel, recuou de 6,56% para 6,05%. Para 2015, a projeção para o IGP-DI segue em 5,50% há 29 semanas. Para o IGP-M, continua em 5,50% há 22 semanas.

A pesquisa também mostrou que a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2014 segue em 5,94%. Há um mês, a expectativa estava neste mesmo valor para o índice que mede a inflação ao consumidor em São Paulo.

Para 2015, a projeção subiu de 5,00% para 5,10%. Os economistas também mantiveram estável, em 5,00%, a previsão para os preços administrados (as tarifas públicas) para 2014. Para 2015, a projeção aumentou de 6,50% para 6,85%, de acordo com a pesquisa da autoridade monetária.


Fonte: DCI