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Minério de ferro mantém pressão e inflação.

Publicada em 2010-06-17



O IGP-10 (Índice Geral de Preços - 10) registrou alta de 1,30% em junho, acima do 1,11% visto em maio. Os preços das matérias-primas mantiveram a influencia sobre o indicador: o minério de ferro - que também afetou o IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) no início deste mês - puxou o índice para cima. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (16) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

O IGP-10 é utilizado em reajustes de tarifas públicas e de contratos de aluguel. O indicador é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

O preço do minério de ferro teve alta de 51,84% dentro do IGP-10 neste mês, contra reajuste de 21,02% em maio. A matéria-prima também exerceu forte influência no IGP-M, que é utilizado nos reajustes de contratos de aluguel. Na primeira leitura prévia desse indicador, divulgada na semana passada, o minério passou de uma queda de 2,67% para forte alta de 75,25%.

Ainda dentro do grupo de matérias-primas brutas subiram os preços da laranja (-16,97% para -1,10%) e do café em grão (-3,87% para 1,40%).Já os preços de cana-de-açúcar (6,28% para -3,60%), bovinos (3,14% para -0,73%) e leite in natura (8,24% para 3,52%) caíram. O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo, que acompanha os movimentos dos preços no atacado) subiram 1,68% neste mês, contra alta de 1,34% em maio.

O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) teve leve variação negativa de 0,01%, após alta de 0,64% em maio. O destaque foi o grupo alimentação (de 1,21% para -1,05%), em particular nos itens: hortaliças e legumes (1,44% para -7,58%), laticínios (3,78% para 0,12%) e carnes bovinas (2,87% para 0,08%).

Também contribuíram para a queda do índice os grupos saúde e cuidados Pessoais (0,87% para 0,46%), educação, leitura e recreação (0,30% para 0,06%) e transportes (-0,01% para -0,14%), com destaque para os itens: medicamentos em geral (3,02% para 0,68%), show musical (4,37% para -5,95%) e álcool combustível (-4,16% para -7,99%).

Já os preços nos grupos habitação (0,39% para 0,65%), vestuário (0,91% para 1,19%) e despesas diversas (0,29% para 0,31%) subiram, com destaque para os itens: tarifa de eletricidade residencial (0,50% para 2,18%), calçados (0,31% para 0,90%) e cigarro (0,00% para 0,91%).

O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou em junho alta de 2,01%, acima do 0,77% visto em maio. Os três grupos componentes do índice apresentaram alta: materiais e equipamentos (de 0,54% para 0,87%); serviços (de 0,22% para 0,66%); e mão de obra (de 1,10% para 3,30%).


Fonte: R7