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Teksid do Brasil investe R$ 250 milhões no alumínio
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Atenta à revolução que marca um volume crescente de alumínio nos motores brasileiros para veículos leves, a Teksid, empresa do Grupo Fiat, investe R$ 250 milhões na expansão da fundição e usinagem do metal nas suas instalações em Betim (MG). A empresa já fez aporte de R$ 100 milhões e aplicará outros R$ 150 milhões nos próximos oito meses para concretizar a primeira fase do programa de expansão até janeiro de 2015, quando os primeiros blocos de alumínio estarão disponíveis. A própria Fiat pode ser um dos primeiros clientes, pois segundo Automotive Businessapurou junto ao mercado a montadora teria projeto para adotar propulsor de alumínio em resposta ao EA211 da VW e ao Fox da Ford.
O empreendimento da Teksid estará completo em 2016, quando a capacidade de transformação de alumínio na empresa passará das atuais 7 mil toneladas/ano (dedicada à produção de 800 mil cabeçotes/ano) para 24 mil toneladas/ano, metade para blocos e metade para 1,4 milhão de cabeçotes/ano. A área construída na divisão de alumínio crescerá dos atuais 9 mil m2 para 27 mil m2.
A atual corrida na área de powertrain, acelerada pelo Inovar-Auto no que diz respeito à eficiência energética e utilização de peças brasileiras, deve levar à produção local, nos próximos quatro anos, de 2,5 milhões de motores/ano com blocos e cabeçotes de alumínio. É uma evolução extraordinária, considerando que hoje a maioria dos propulsores utiliza bloco de ferro e cabeçote de alumínio, com poucas exceções, como os nacionais Ford Sigma 1.6, que equipam o New Fiesta e o Focus, além do Volkswagen EA211 1.0, atualmente aplicado no Up! e, em breve, em versão 1.6 no Gol Rally e Saveiro Cross.
Rogério Silva Junior, diretor superintendente da Teksid para o Nafta e Mercosul, admite que a adoção do alumínio, mais leve, implica em custo maior dos motores, mas reconhece que a tendência é irreversível. Pelas suas contas será preciso destinar 30 mil toneladas adicionais de alumínio secundário (reciclado) para atender a demanda de blocos. Por isso existem preocupações quanto à evolução do preço do insumo.
MERCADO
Silva Junior estima que o mercado de veículos leves em 2014 dificilmente repetirá o volume de vendas de 2013. No planejamento ele é cauteloso e trabalha até com uma queda de 5% na demanda de automóveis e comerciais leves este ano.
A unidade da Teksid em Betim possui capacidade para produzir 2,5 milhões de blocos de ferro para veículos leves por ano, o que corresponde a 110 mil toneladas de material. A empresa utiliza também 40 mil toneladas de ferro para fundir peças como coletores de escape, virabrequins, hastes de comando de válvulas e partes de suspensão e freios; outras 120 mil toneladas de ferro são destinadas à produção de componentes para o segmento diesel. A pré-usinagem de cabeçotes é feita em casa e a dos blocos por meio de companhias parceiras.
O executivo explica que mantém conversações com diversos fabricantes de veículos, tendo em vista o desenvolvimento dos projetos de powertrain – é o caso da PSA Peugeot Citroën e Chery, que investe em Jacareí (SP) US$ 130 milhões em uma unidade de motores 1.0 e 1.5 flex, por meio da sua divisão Acteco. Ele garante ainda não ter um cenário definitivo sobre uma eventual fábrica de propulsores da Fiat Chrysler em Goiana (PE), embora 75% da nova fábrica já esteja pronta.
A Teksid fornece para componentes de powertrain para Renault, Volkswagen, General Motors, Fiat e Ford. Na linha pesada, atende a International, Cummins, FPT, Volvo, Scania e Deutz. São exportados 5% dos blocos produzidos para automóveis e 65% dos fabricados para caminhões e ônibus.
Silva Junior comanda também a fundição da empresa no México, que produz para exportação blocos e cabeçotes para o segmento diesel. A unidade, com capacidade para 100 mil toneladas/ano, deve processar este ano 85 mil toneladas para atender encomendas do Nafta (70%) e Europa (30%).
Quanto aos novos motores de três cilindros da Ford produzidos em Camaçari (BA), sabe-se que os blocos de ferro serão fornecidos pela Tupy, maior concorrente da Teksid.
Fonte: Automotive Business
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