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CSN faz reajuste de 10,7%.
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A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) abriu o novo processo de correção dos preços do aço e já pratica para os contratos que vigoram a partir de julho valores 10,7% superiores aos do primeiro trimestre, de acordo com o ex-presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) e presidente da distribuidora Frefer S/A, Christiano da Cunha Freire.
O mercado chegou a especular que o aumento teria sido puxado pela Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas), o que acabou não se confirmando. Freire assegurou que a empresa mineira ainda não se posicionou quanto aos novos valores, o que foi confirmado pela assessoria de imprensa da companhia.
Conforme a agência de notícias "Reuters", um relatório da corretora Bradesco, citando informações de distribuidores, diz que uma siderúrgica teria liderado o processo de reajuste em 10,75% para todos os produtos. E, segundo Freire, esta siderúrgica é a CSN. Procurada, a companhia informou, também via assessoria de imprensa, que não comenta sua política de preços.
"Os clientes já têm ciência da nova tabela da CSN e aguardam os valores da Usiminas", disse o ex-presidente do Inda. Em abril deste ano a Usiminas aumentou o preço base de seus produtos entre 11% e 15%.
No relatório, a corretora considera importante o fato de uma siderúrgica já ter iniciado o realinhamento de preços, uma vez que ainda era uma incógnita se haveria ou não o reajuste.
Esta indefinição ocorreu em virtude do intenso processo de importação de aço. O presidente da Usiminas, Wilson Nélio Brumer, em um encontro empresarial no município de Tiradentes (Campos das Vertentes), deixou no ar a possibilidade de não aumentar o preço ou mesmo conceder descontos. Na oportunidade, ele disse que "reajuste não significa alta e, dependendo de fatos novos do mercado, o preço também pode cair".
Os representantes do setor siderúrgico cobram isonomia tributária para as compras extermas. A importação de aço é taxada em 12%, enquanto no caso dos automóveis a alíquota é de 35%. O governo federal já acenou com a possibilidade de incentivar a importação de aço caso os preços subam de forma a gerar pressão inflacionária, mas voltou atrás da decisão, após forte lobby das usinas.
De acordo com o Instituto Aço Brasil (IABr), a produção nacional aço bruto somou 13,530 milhões de toneladas no acumulado dos cinco primeiros meses de 2010, frente as 8,623 milhões de toneladas produzidas em igual período de 2009, alta de 56,9%.
Já a produção de aços planos, de janeiro a maio deste ano (6,471 milhões de toneladas), superou em 77,7% a do mesmo intervalo de 2009 (3,642 milhões de toneladas). Em idêntico confronto, o volume de longos produzidos nos cinco primeiros meses de 2010 (4,305 milhões de toneladas) avançou 48% sobre o do igual período do exercício passado (2,909 milhões de toneladas).
A recuperação do mercado internacional, somada ao desempenho favorável dos principais clientes internos das siderúrgicas, deve promover este ano um crescimento de 25% na produção de aço do país em relação ao ano passado, totalizando 33,2 milhões de toneladas.
Fonte: Diário do Comércio
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