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Montadoras Brasileiras temem excesso de capacidade
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Um 2015 tal e qual está sendo 2014. Essa é a expectativa de executivos das montadoras instaladas no Brasil, que expõem seu carros no Salão de São Paulo, evento que começa nesta quinta-feira (30) em São Paulo. Projeções de crescimento são feitas apenas para 2016. Até lá, há o temor de o excesso de capacidade forçar novas paradas de produção.
"Essa é a nossa preocupação número um, pois o excesso de capacidade no setor deve chegar a 50% em 2015. Temos um compromisso empresarial de ajustar a produção, pois estoques custam muito", afirma Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford na América do Sul.
O desequilíbrio ocorre devido à instalação ou à expansão de fábricas no país. A estimativa da Anfavea (associação das montadoras) é que será possível produzir 6,5 milhões de veículos no país em 2017, ano em que o mercado interno deverá ter cerca de 4 milhões de unidades emplacadas, caso haja retomada.
O descompasso entre manufatura e vendas tem gerado constantes interrupções nas linhas de montagem, e o ajuste não é simples. As marcas precisam investir em novos modelos para continuar competitivas e atraentes aos consumidores, mas não podem ousar demais na estratégia.
"A atividade econômica caiu e, como consequência, a indústria recuou. Tivemos que fazer ajustes, colocar trabalhadores em lay-off”. Agora, é importante retomar o crescimento", disse Santiago Chamorro, presidente da General Motors no Brasil.
O executivo defende que é preciso estender os prazos máximos de "lay-off" (suspensão temporária de contrato de trabalho) dos atuais cinco meses para, pelo menos, um ano. "Um período maior ajudaria a retomar o ciclo de crescimento com mais força."
Apostas no futuro
Se o cenário atual é desfavorável, os lançamentos do Salão de São Paulo apontam para o futuro.
Alguns conceitos antecipam carros que chegarão às ruas entre 2015 e 2016, como o utilitário compacto Nissan Kicks.
Há também um bom número de carros híbridos. O Audi E-Tron, por exemplo, será vendido no país a partir do segundo semestre de 2015. Outro destaque "verde" é o Toyota FCV, alimentado por pilha de hidrogênio.
Fonte: Folha de São Paulo
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