Notícias
Braskem prevê que mercado Brasileiro de resinas fechará estável em 2014
Tweet
A Braskem, maior produtora de resinas das Américas, prevê estabilidade no mercado brasileiro de resinas em 2014, apesar do aumento de 5% da demanda no terceiro trimestre, tanto na comparação anual quanto na trimestral. "Apesar dessa melhora, o mercado ficou no zero a zero em nove meses, em torno de 4 milhões de toneladas. Isso reflete a nossa expectativa para o ano, de vendas estáveis", afirmou o presidente da petroquímica, Carlos Fadigas.
Segundo o executivo, a queda de 2% nas vendas domésticas de resinas da Braskem no acumulado do ano, até setembro, para 2,72 milhões de toneladas, reflete, em parte, uma pequena perda de participação de mercado. De janeiro a setembro, a fatia da petroquímica passou para 67%, frente a 68% um ano antes. De julho a setembro, porém, a participação de mercado da companhia ficou em 68%, considerando-se polietileno, polipropileno e PVC, ante 67% no segundo trimestre.
Em PP e PE, a Braskem passou de 72% para 73% de participação nessa base de comparação e, em PVC, o avanço foi de 52% para 54%. "No quarto trimestre, o dólar mais forte [que inibe importações] trará um benefício à Braskem", comentou. "[A companhia] vai buscar recuperação de market share, mas não fará isso a custo do resultado econômico, com redução de preços", acrescentou.
Apesar do recente recuo dos preços da nafta no mercado à vista, com a cotação a US$ 650 a tonelada após ter beirado US$ 950 a tonelada, os benefícios para a operação da Braskem não serão imediatos. A petroquímica, disse Fadigas, compra a matéria-prima com base em uma média móvel dos três meses anteriores, o que reflete com atraso as oscilações do mercado spot.
Diante disso, o efeito positivo de curtíssimo prazo sobre as margens da petroquímica deve vir do lado dos spreads (diferença de preço da resina e da matéria-prima) internacionais, que devem refletir o maior recuo do preço da nafta e a queda mais moderada nas cotações das resinas.
O presidente da Braskem classificou como "crítica" a incerteza relativa aos preços da nafta comprada pela companhia da Petrobras. No fim de agosto, as empresas prorrogaram por mais seis meses o contrato de fornecimento, que venceu em fevereiro, e o novo preço será retroativo a setembro.
"A Braskem está operando com preço de nafta em aberto desde então", comentou Fadigas. "O momento da Petrobras é delicado e estamos tentando achar um preço coerente. Há uma discussão estrutural com visão de médio e longo prazo", acrescentou. Segundo ele, todavia, não houve avanço nas conversas para buscar um valor para a matéria-prima que seja tão competitivo quando o gás natural nos Estados Unidos.
No trimestre, as centrais petroquímicas (crackers) da Braskem operaram com taxa média de 90%, a despeito da parada programada para manutenção no polo petroquímico do ABC (SP). Esse efeito foi mais que compensado pelo aumento de produção no polo de Triunfo (RS) e pela recuperação da produção no Rio de Janeiro, afetada no trimestre anterior pela redução na oferta de gás, matéria-prima do polo, pela Petrobras.
No exterior, a taxa média ficou em 89%, frente a 98% no segundo trimestre, devido a uma parada programada nos Estados Unidos e outra não programada, na Europa, decorrente de problemas enfrentados pela Dow, que é sua fornecedora, relacionados ao suprimento de energia e matéria-prima.
A Braskem registrou lucro líquido de R$ 230 milhões no terceiro trimestre, com queda de 42% na comparação anual. A receita líquida cresceu 7,2%, para R$ 11,72 bilhões e o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 10%, para R$ 1,5 bilhão.
Fonte: Guia Óleo & Gás
Tweet
Notícias Relacionadas
- Importações de minério de ferro da China batem recorde em abril
- Maior mina de ferro do mundo fica no Brasil e tem o teor superior a 65%
- VAZ VILLA expõe suas Soluções em Matéria Prima para a Indústria Metalúrgica
- Metalurgia 2025: Executivo do Trust Group destaca tendências do mercado de aço e as oportunidades no comércio internacional
- Criada uma liga metálica leve e flexível para temperaturas extremas
- Congresso Técnico da Intermach aborda Tendências da Inteligência Artificial e Tecnologias de Automação Industrial para a Indústria
- Provável ‘avalanche’ de produtos chineses no mercado global devido à sobretaxa americana preocupa indústria brasileira
- Schulz de Joinville realiza distribuição milionária a colaboradores com base em resultados
- Veja Todas as Notícias