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Fiat avança na nacionalização de peças e elogia fornecedores.
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O grupo Fiat passou os dois últimos anos aumentando o índice de nacionalização de peças para a fábrica de motores em Campo Largo (PR) que comprou em 2008. Conseguiu diminuir a dependência de itens importados de 30% para 10%. "No próximo ano vamos chegar a 5%", diz Alfredo Altavilla, principal executivo da FPT - Powertrain Technologies, a divisão do grupo italiano que produz motores.
Segundo Altavilla, um trabalho que chama de reengenharia abriu espaço para ampliar as compras de peças no mercado brasileiro. "O parque de fornecimento de motores do Brasil é um dos melhores do mundo", afirma.
Com o novo empreendimento, o grupo Fiat conseguiu dar diversos passos. O mais importante é o fim da dependência de motores da categoria médio porte da GM. A unidade de Campo Largo será responsável pelas versões 1.6 e 1.8. Até aqui, a filial brasileira da Fiat Automóveis dependia de fornecimento da montadora americana, como parte de acordo da antiga da joint venture mundial entre as duas multinacionais.
Com uma nova fábrica de motores, o grupo italiano também consegue mais fôlego para produzir veículos na América do Sul. A unidade da FPT no Paraná permite um aumento de cerca de 20% na capacidade no Mercosul, num total de 2,5 milhões de sistemas de propulsão por ano. O grupo continuará produzindo motores em Betim (MG), de onde saem os carros, e em Sete Lagoas (MG), onde são feitos caminhões e veículos comerciais.
A unidade em Campo Largo também representa a primeira experiência produtiva do grupo italiano no Brasil fora de Minas Gerais. Ali foram investidos R$ 250 milhões para uma capacidade inicial de 330 mil motores por ano, com 350 empregados. Para 2012, a meta da empresa é chegar a 400 mil unidades e 500 trabalhadores.
Outro avanço é a capacidade exportadora. Segundo Altavilla, 40% da produção em Campo Largo deverá seguir para outros países. Isso inclui a possibilidade de vendas para a Europa. "O câmbio de hoje não ajuda, mas nós não pensamos no curto prazo", diz. O executivo não detalha a possibilidade de a fábrica brasileira fornecer motores para a Chrysler, nos EUA, cujo controle pertence hoje à Fiat.
A inauguração fecha um longo episódio. A fábrica de Campo Largo foi comprada pela Fiat depois de um período de baixa produção. A instalação pertenceu à Tritec Motors, resultado de joint venture entre Chrysler e BMW que produzia motores para os modelos Chrysler PT Cruiser e o BMW Mini Cooper.
Fonte: Valor
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