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Redução no preço da sucata abre caminho para a exportação.
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Os rumores de baixa no preço da sucata, que estava aterrorizando os empresários do setor, se confirmaram na última semana, quando os preços do insumo começaram a serem comercializados com R$ 100 de queda.
De acordo com Ademir Moura da Estaçofer, está é somente a primeira redução, a segunda, de mesmo valor, está prevista para acontecer a partir do dia 15 deste mês.
“Esta baixa não faz sentido, as siderúrgicas estão recebendo sucata a todo vapor. Não há motivos para esta redução. Além disso, somente as siderúrgicas reduziram, as fundições continuam trabalhando com o mesmo preço, mas estão sendo pressionadas pelas usinas para também reduzirem. Infelizmente isso mostra que estamos nas mãos de três grandes siderúrgicas que controlam todo o mercado”, declara Moura.
Segundo o secretário executivo do Sindinesfa - Sindicato das Empresas de Sucata de Ferro e Aço, Elias Bueno, com a efetivação desta diminuição abre-se o caminho para a exportação do insumo brasileiro. “A exportação é um caminho que deve ser pensado diante desta baixa descabida de preço”, destaca.
Conforme afirma o secretário, as sucateiras devem se preparar para este ramo de comércio, que não é tradicional do Brasil, mas seria a saída para aumentar a margem de lucro destas empresas. “Sucateiras de pequeno e médio porte podem se unir para conseguirem forças para exportar”, sugere Bueno.
A exportação do insumo começou a ser pensada durante a crise econômica sofrida no ano passado, a partir de então grandes sucateiras passaram a se organizar para oferecer o produto para o mercado externo. “Hoje muitos países nos consultam com interesse em nossa sucata. O que faremos agora para incentivar este ramo do comércio é encaminhar estas consultas para as empresas de sucata, facilitando o contato para a exportação”, explica Bueno.
Embora o presidente do Sindinesfa, Marcos Fonseca, acredite que a tendência futura do mercado seja a importação de sucata, em função do surgimento de novas usinas brasileiras, também crê que “se vir outra baixa os preços vão cair em um nível que o Brasil não poderá controlar”.
Marcos Fonseca, que também é proprietário da RFR Reciclagem, empresa que já exporta para países como Índia, China e Vietnã, garante que a margem de lucro com a exportação é melhor.
“Teve épocas em que aqui o preço praticado girava em torno de 100 dólares enquanto fora o valor se aproximava de 250 dólares”, destaca.
Fonte: Infomet
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