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Importação de aço chinês põe em risco produção latino-americana, diz Alacero
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O crescimento das importações do aço da China - alta de 65% entre 2013 e 2014 - colocam em risco a produção da América Latina.
A avaliação é do presidente da Associação Latino-Americana do Aço (Alacero), Rafael Rubio, que destacou em comunicado divulgado nesta terça-feira que o caso ainda é mais crítico na América Central.
"A maior preocupação ocorre porque essas importações chegam em condições de concorrência desleal. Pode-se observar que os preços médios dos produtos chineses na América Latina são 14% inferiores ao registrado no resto do mundo", afirmou Rubio, acrescentando que na América Central a diferença é de 20%.
"As empresas latino-americanas podem competir em igualdade de condições contra as companhias chinesas, mas não quando elas têm o apoio financeiro ilimitado de seu governo, que é dono majoritário da maior parte delas", apontou o presidente da Alacero.
Segundo Rubio, as indústrias estatais chinesas utilizam de mecanismos como o 'dumping' e ainda são subsidiadas pelo governo de Pequim, principalmente no fornecimento dos principais insumos: eletricidade e carvão.
Elas também são auxiliadas pela política cambial do país. A manutenção do yuan desvalorizado, algo forçado pelo governo chinês, dá estímulo às exportações e prejudica as importações.
"Em síntese, não é possível que as empresas do setor privado enfrentem em governo e suas companhias, como é o caso da siderúrgica chinesa", alertou Rubio.
Sobre a Guatemala, o presidente da Alacero afirmou que o aço chinês - vendido com preços subsidiados e condições de 'dumping', conforme Rubio - já corresponde a 37% do consumo do país, crescendo 46% em apenas um ano.
Rubio defendeu a necessidade de tomar atitude imediata para assegurar as regras estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) na Guatemala e nos demais países da região.
Acrescentou, além disso, que a sobrevivência da indústria local depende de uma resolução preliminar favorável que imponha medidas 'antidumping' para equilibrar a concorrência no mercado. (EFE)
Fonte: Yahoo Notícias
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