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Usinas Brasileiras sem espaço para novos reajustes
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Após o reajuste praticado no mês passado, as siderúrgicas brasileiras não deverão encontrar espaço para aumentar novamente os preços domésticos. Além da demanda fraca no país, o setor convive com o risco de aumento das importações neste ano.
Em janeiro, as usinas aplicaram aumento entre 5% e 8% nos preços. Fontes ligadas ao setor apontam que o reajuste foi repassado para as distribuidoras e para clientes industriais que não contam com contratos de venda anuais e semestrais. Entre os fatores que levaram à revisão das tabelas está a valorização do dólar.
Porém, mesmo com a variação cambial as usinas terão dificuldade para efetuar novos repasses. “O cenário interno não está propício e os preços estão caindo no mercado internacional”, diz a analista da Concórdia Daniela Martins.
Ela explica que já existem projeções negativas para Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2015. Além disso, a inflação deverá ficar elevada neste ano. Esses fatores deverão restringir o consumo interno de produtos siderúrgicos.
O cenário é negativo para os principais consumidores de aço no país. Daniela Martins lembra que as últimas notícias de mercado dão conta que as usinas após o reajuste para as distribuidoras estavam negociando com as montadoras, porém, ainda não conseguiram aumentar os preços. A indústria automotiva país registra queda significativa nas vendas.
Construção - Outro setor importante para a indústria siderúrgica é a construção civil, que também não deverá ter um desempenho significativo em 2015. “As construtoras estão com os estoques de imóveis bem elevados”, observa.
Em relatório enviado aos clientes, o banco Brasil Plural aponta que o aumento nas importações levanta questões sobre um possível aumento nos preços domésticos. Isto se dá principalmente pelo fato de ser verificado um enfraquecimento nos valores negociados no mercado internacional.
As importações em janeiro, de acordo com o relatório, foram de aproximadamente 4 milhões de toneladas de aço, contra cerca de 2,5 milhões de toneladas no mesmo intervalo de 2014. De acordo com a instituição, os dados de um mês ainda são muito pouco para tirar conclusões estruturais, porém um olhar atento sobre a ameaça das importações.
De acordo com o documento, os preços internacionais em reais recuaram 10% na comparação com o valor que era negociado no quarto trimestre do ano passado. Ou seja, o prêmio, diferença entre os valores praticados no mercado interno e externo, está aumentando, tornando o aço importado mais competitivo.
Fonte: Diário do Comércio
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