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Fabricantes preveem queda de até 42% na venda de caminhões no Brasil
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Após queda de 11,3% nas vendas no ano passado e um primeiro trimestre ruim para o mercado de caminhões, as principais montadoras estimam uma redução que vai de 27% a 42% nas vendas deste ano, mas falam em uma recuperação gradual ao longo de 2015.
A demora para início dos negócios por conta de indefinição do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), a restrição de crédito e o Produto Interno Bruto (PIB) mais fraco são alguns dos fatores de pressão, conforme apontaram os executivos durante o VI Fórum da Indústria Automobilística. Mas é a crise de confiança do empresariado é a maior dificuldade a ser enfrentada pelo setor.
Volvo e Ford acreditam que o mercado de caminhões deva ficar em torno de 100 mil unidades neste ano, o que representa uma queda de 27% frente a 2014. "Acreditamos que o ponto de inflexão já aconteceu, mas não vamos repetir os anos anteriores", afirmou Bernardo Fedalto, diretor de vendas de caminhões da Volvo do Brasil.
O vice¬presidente da Iveco Latin America, Marco Borba, fala em um ano de 2015 com vendas de caminhões entre 96 mil e 100 mil unidades. O executivo lembra que o início do ano foi difícil, com entraves na obtenção de créditos e paralisação de obras, tanto pela Petrobras quanto por outros setores. "Nossa perspectiva é que o mercado de pesados continue retraído neste primeiro semestre, mas acho que existe uma demanda represada que deve retornar no segundo semestre".
Na mesma linha de estimativa está a Scania, que espera uma ligeira melhora do mercado ao longo do ano, mas com um desempenho ainda bem abaixo do que foi 2014.
Um pouco mais pessimistas, MAN e Mercedes¬Benz não acreditam que o mercado de caminhões chegue em 100 mil unidades em vendas neste ano. A MAN espera que as vendas fechem em cerca de 80 mil unidades em 2015, uma queda de 42% em relação ao ano anterior. Segundo Ricardo Alouche, vice¬presidente de vendas, marketing e pós¬vendas da companhia, a expectativa inicial era de que 2015 protagonizaria uma retomada do crescimento, mas as mudanças necessárias estão demorando mais do que o previsto. "Se anualizarmos as vendas do primeiro trimestre, temos um mercado de 60 mil caminhões neste ano" explicou. O executivo espera que haja uma melhora gradual nos próximos meses, mas não acredita haver tempo suficiente para a recuperação a ponto de atingir o patamar estimado pelos colegas, de 100 mil unidades.
"Pelo emplacamento diário, vemos que vai ficar bem difícil chegar nos 100 mil, especialmente se abril apontar para isso", avaliou Roberto Leoncini, vice-presidente de marketing, vendas e pós¬vendas de caminhões e ônibus da Marcedes¬Benz.
Embora a expectativa seja de queda para o ano, é consenso entre as empresas que o Brasil e a América Latina são mercados com potencial no longo prazo. É o que explica a confirmação da Iveco de um programa de investimentos da ordem de R$ 650 milhões entre 2014 e 2016 e a manutenção do investimento planejado por Volvo e Mercedes¬
Benz, conforme os executivos das companhias. "Não se para investimento por conta de eventualidade", disse Fedalto, da Volvo.
(Victória Mantoan)
Fonte: Valor Econômico
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