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Mercado siderúrgico Brasileiro já sofre com investigações antidumping
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Na última semana um grupo empresas dos EUA enviou à Câmera do Comércio Exterior um pedido de abertura de investigações para o estabelecimento de direitos antidumping e medidas compensatórias contra siderúrgicas brasileiras, produtoras de aço laminado a frio. Caso seja averiguado irregularidades no processo de exportação destes produtos, as fornecedoras brasileiras poderão sofrer com uma sobretaxa de até 59% sobre os laminados, além de medidas compensatórias por "subsídios" dados aos fabricantes brasileiros.
Mas mesmo antes de um veredito, o mercado brasileiro já está sofrendo com as consequências destas investigações, considerando que uma das estratégias das siderúrgicas nacionais para driblar o mal momento do mercado interno era exportar, principalmente para os EUA, a produção estocada, cuja demanda interna está em níveis baixos.
Uma das mais afetadas é a siderúrgica Usiminas que já reduziu a relevância dos EUA em seu mix de exportações de 45% para 18% entre o primeiro e o segundo trimestres. No entanto, o impacto destas medidas podem ser ainda maiores se elas abrangerem também os aços laminados a quente, uma vez que existe a possibilidade de nos próximos meses as empresas americanas abrir novo processo de averiguação para estes produtos.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, na comparação entre os produtos laminados a frio e quente, mesmo que ações antidumping atinjam o setor de laminados a frio, o impacto não seria tão drástico, uma vez que, segundo dados do Instituto Aço Brasil, no primeiro semestre do ano foram vendidas 70,5 mil toneladas de aço laminado a frio aos EUA, dessa quantidade significa 0,6% do total de laminados produzidos no Brasil no mesmo período, ou 5% dos aços planos exportados.
Já no caso dos laminados a quente, no mesmo período o Brasil exportou 214,1 mil toneladas para os EUA, quase o dobro do que foi verificado no mesmo período no ano anterior, 133,6 mil toneladas. Além do Brasil, China, Japão, Coreia, Índia, Rússia, Holanda e Reino Unido também estão sendo investigados.
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