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Goldman prevê queda de 30% para minério de ferro por oferta e perspectiva do aço
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Os preços do minério de ferro poderiam despencar cerca de 30 por cento nos próximos 18 meses porque a oferta está se expandindo, ao passo que aprodução de aço cambaleia, segundo o Goldman Sachs Group Inc., que disse que o impacto da desvalorização da China no mercado foi um incidente menor. Os preços recuaram.
“É provável que a oferta divirja mais da demanda”, escreveram em um relatório os analistas Christian Lelong e Amber Cai. “Ao contrário do consenso no mercado, acreditamos que depois do pico na produção de aço ocorra uma contração” na China, escreveram eles, mantendo as previsões dos preços para os próximos quatro trimestres.
O minério de ferro se recuperou nas cinco últimas semanas depois de ter atingido o nível mais baixo desde pelo menos 2009 porque os preços do aço avançaram na China e as remessas dos maiores produtores, a Austrália e o Brasil, ficaram abaixo das expectativas. Ogoverno da China desvalorizou o yuan na semana passada, agitando os mercados decommodities e gerando a preocupação de que a demanda por importações de matérias-primas denominadas em dólares possa cair.
“Possivelmente, a desvalorização do yuan e as recentes interrupções da oferta sejam o que consideramos um incidente menor para o mercado do minério de ferro”, disseram os analistas na nota de 14 de agosto. “A oferta voltará a crescer no curto prazo”.
O minério com 62 por cento de conteúdo enviado para Qingdao caiu 0,1 por cento, para US$ 56,66 por tonelada seca nesta segunda-feira. A commodity subiu 0,6 por cento na semana passada e registrou seu quinto avanço consecutivo, mostraram dados da Metal Bulletin Ltd. Embora os preços tenham atingido o valor mais alto desde 1º de julho na quinta-feira depois das explosões no porto chinês de Tianjin, eles caíram 20 por cento neste ano.
Previsões do Goldman
O Goldman projetou que o minério de ferro tenha uma média de US$ 49 por tonelada neste trimestre, US$ 48 nos últimos três meses de 2015, US$ 46 no primeiro trimestre do ano que vem e US$ 44 no trimestre seguinte, segundo o relatório de 14 de agosto. Os valores são os mesmos que apareceram em uma nota do banco de 20 de julho. Também foi mantida a previsão de US$ 44 para 2016.
A produção de aço na China normalmente cai no terceiro trimestre por causa de ciclos sazonais, disseram os analistas. Ao mesmo tempo, a oferta do minério de ferro voltará a crescer à medida que forem resolvidos os problemas operacionais que contiveram parte da produção, disseram eles.
Os futuros do minério de ferro na Dalian Commodity Exchange caíram 1 por cento na segunda-feira. A província de Hebei enviou notificação a 3.785 companhias para que parassem ou reduzissem a produção a fim de garantir a qualidade do ar antes de um desfile em Pequim no mês que vem, segundo duas fontes do setor. A região é a maior produtora de aço na China.
O Australia New Zealand Banking Group Ltd. recomendou apostar em perdas do minério de ferro em um relatório na semana passada, projetando um recuo para menos de US$ 50 por tonelada. Os ganhos recentes nos preços provavelmente serão efêmeros, segundo o Morgan Stanley.
“A próxima fase de equilíbrio exigirá mais um declínio do preço de 30 por cento nos próximos 18 meses, segundo nossas previsões”, escreveram Lelong e Cai, do Goldman. “O terceiro trimestre de 2015 é a calmaria que antecede a tempestade”.
Fonte: Golman
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