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Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal liberam recursos para estimular setor automotivo

Publicada em 2015-08-24



Em mais uma tentativa de conter a crise no setor industrial e o desemprego, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal anunciaram na semana passada ações de apoio ao setor automotivo. Os bancos estatais assinaram protocolos de intenções com as principais entidades do setor, Anfavea, Sindipeças e Fenabrave.

 

O BB anunciou a liberação de R$ 3,1 bilhões para fornecedores de 26 empresas até o final deste ano com o objetivo de “dar apoio financeiro e comercial às cadeias produtivas do setor automotivo e de máquinas agrícolas”. A partir de convênios específicos, o BB vai antecipar os valores aos fornecedores dessas empresas para toda a programação de encomendas. Normalmente, os pagamentos seriam feitos gradualmente, acompanhando as entregas.

 

O objetivo é capitalizar os fornecedores, evitando que tenham de recorrer a linhas de crédito com juros elevados. Para as montadoras e os fabricantes de autopeças, as condições permitem negociar prazos mais vantajosos. A ideia é manter o funcionamento da cadeia de insumos do setor no cenário econômico adverso, evitando a substituição das compras nacionais por fornecedores estrangeiros.

 

Para o presidente da Anfavea, Luiz Moan, a agilidade do processo de liberação de recursos implicará em redução de custos, que poderão ser canalizados para investimentos em produção, e, consequentemente, no impulso à economia. Embora tenha comemorado, o presidente do Sindipeças, Paulo Butori, considerou a medida “tardia”.

 

Caixa – O convênio da Caixa Econômica Federal assinado com as mesmas entidades tem objetivo semelhantes. Segundo Miriam Belchior, presidente da Caixa, a meta é contribuir para a melhoria do fluxo de caixa das empresas e fornecedores, auxiliando no pagamento de despesas, salários, tributos e reposição de estoques.

 

A instituição vai oferecer linhas de crédito em antecipação de contratos entre fornecedores e a indústria como forma de suprir a necessidade de capital de giro e de investimento. As taxas de juros serão a partir de 0,83% com prazo de 60 meses e carência de até seis meses para começar a pagar as parcelas.

 

Segundo o comunicado do BB, a intenção do banco é a de firmar acordos semelhantes com outros setores, como incorporadoras e grandes exportadoras. Pelas projeções do banco, os desembolsos devem alcançar R$ 9 bilhões, favorecendo cerca de 500 grupos em diversas cadeias produtivas.


Fonte: Usinagem Brasil