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Brasil - Usiminas anuncia suspensão da unidade de chapas grossas em Cubatão

Publicada em 2015-09-26



A Usiminas paralisará temporariamente, nos próximos dias, o laminador de chapas grossas na usina de Cubatão. A suspensão foi necessária, segundo a empresa, pela queda de demanda desse produto provocada pela crise econômica. "O objetivo é adequá-la ao baixo nível de demanda, contribuindo para preservar a competitividade da companhia no atual cenário", informou a siderúrgica em nota à Imprensa. 

Esta é a segunda unidade que tem as atividades suspensas na usina de Cubatão. A primeira foi o Alto Forno 1, no dia 31 de maio deste ano. A siderúrgica também desligou o alto forno nº 1 da usina de Ipatinga, em 4 de junho, reduzindo sua produção de ferro gusa (material para fazer as chapas de  aço) em cerca de 120 mil toneladas ao mês. 


Produto final 

A chapa grossa é um produto utilizado, principalmente, pelo setor naval, óleo e gás, equipamentos e máquinas pesadas, construção e energia. O laminador da Usiminas em Cubatão tem capacidade para processar até um milhão de toneladas de chapas por ano. 

Unidade semelhante, mais atualizada tecnologicamente, está instalada pela Usiminas em Ipatinga (MG), que continuará operando. Essa unidade concentrará a produção e atendimento aos clientes, já que possui também a tecnologia de resfriamento acelerado, o que, segundo a companhia, permite a fabricação de chapas com alta resistência mecânica. 

A empresa não informou se haverá cortes de empregos na gerência de Chapas Grossas em Cubatão. Apenas adiantou oficiosamente que, diante da crise, vem desenvolvendo esforços para evitar essas medidas. 

A suspensão operacional  da unidade em Cubatão "reflete a desaceleração da produção do setor siderúrgico brasileiro, que tem vivido uma de suas piores crises", ainda na nota. E acrescenta que os últimos dados do Instituto Aço Brasil reforçam este cenário: as vendas de produtos siderúrgicos para o mercado interno tiveram queda de 13,5% nos oito primeiros meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2014.


Fonte: A Tribuna