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Brasil estreita parceria com Alemanha em terras-raras
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As terras-raras são elementos químicos essenciais na confecção de smartphones, carros híbridos, turbinas de energia eólica e ferramentas de corte. Sua cadeia produtiva inclui desde a mineração, a extração, separação de óxidos, até a formação de ligas e a fabricação final. Como são matérias-primas economicamente estratégicas, os governos do Brasil e da Alemanha, assim como centros de pesquisa dos dois países, iniciaram negociações para explorar o setor.
"Essa parceria tem que ser mão a mão, de igual para igual, ou seja, nós vamos fazer tudo em conjunto, da prospecção bruta ao desenvolvimento de produtos, e queremos também a participação de empresas brasileiras em toda a cadeia", afirmou o subsecretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Adalberto Fazzio.
Segundo ele, é necessário incorporar o conhecimento na matéria-prima nacional, de forma que o Brasil consiga explorar melhor seu potencial. "E eu acho que a Alemanha entende isso. Hoje, o País não pode se dar ao luxo de exportar apenas matérias-primas, sendo que nós temos competência, capacidade científica e recursos humanos para fazer a tecnologia aqui."
Representante da Divisão de Recursos e Sustentabilidade do Ministério Federal de Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF, na sigla em alemão), Lothar Mennicken destacou o atual domínio da China no setor, que produz cerca de 90% das terras-raras do planeta.
"Todos nós sentimos que é necessário olhar para esses elementos minerais e fazer algo para diversificar o mercado mundial e não depender totalmente da agenda do governo chinês", afirmou. "Nós, na Alemanha, dependemos da disponibilidade da matéria-prima para a nossa indústria de alta tecnologia. Por essa razão, priorizamos essa cooperação", ressaltou.
Mennicken recordou que há um mês o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, e o vice-ministro alemão de Educação e Pesquisa, Georg Schütte, assinaram um acordo bilateral em busca de identificar oportunidades para exploração de metais e minerais estratégicos.
Fonte: Agência Gestão CT&I
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