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Brasil - Exportação será a única alternativa em 2016, diz Fiesp
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Com a perspectiva de demanda interna ainda fraca, as exportações podem trazer algum alívio para a indústria paulista no próximo ano. O aumento dos embarques, entretanto, ainda depende da estabilidade do câmbio.
Segundo o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, a desvalorização do real frente ao dólar foi o único fator positivo para o setor neste ano e, se o câmbio se mantiver na faixa de R$ 3,50, as fabricantes podem ser beneficiadas.
"Mesmo que, neste ano, a melhora no saldo da balança comercial brasileira tenha sido causada mais pela redução da importação do que pela alta nas exportações efetivamente, os embarques devem crescer em 2016. Mas isso leva algum tempo", observou Skaf, ontem, durante evento com jornalistas.
Ele ponderou que a estabilidade do câmbio é importante para garantir a retomada. "O que não pode acontecer é o dólar a R$ 4 por instabilidade econômica."
Skaf citou ainda um encontro previsto para esta sexta-feira (4) com o presidente eleito da Argentina, Maurício Macri. "Nós apoiamos muito a visão liberal de Macri, então creio que teremos uma agenda muito boa", disse ele, sem detalhar os temas previstos para a reunião.
A mudança no governo da Argentina tem sido vista por alguns industriais como sinal de que os embarques para o país podem ser retomados. Desde o ano passado, o país vizinho intensificou barreiras para entrada de importados, dificultando os negócios.
O possível acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE) também foi citado por Skaf. A expectativa da Fiesp é que aconteça a troca de oferta entre os blocos para o acordo no primeiro semestre de 2016. "Estamos atentos a outros possíveis acordos, que podem ser mais interessantes do que uma parceria birregional", ponderou.
Apesar da perspectiva para as exportações, a Fiesp estima queda de cerca de 6% na produção industrial no ano que vem ante 2015. "Teremos queda sobre queda", disse ele. Ao final deste ano, segundo Skaf, a atividade industrial paulista deve encolher 9,5%.
Ele espera, entretanto, uma recuperação da atividade na medida em que a confiança do brasileiro melhore. "Podemos ver uma mudança rápida no cenário com a volta da confiança", disse o presidente da Fiesp. Para ele, "o governo é que enfrenta uma crise de credibilidade e não o País".
Fonte: DCI
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