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Não há mais prazo para a Electro Aço Altona deixar Blumenau. Um novo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a empresa e o Ministério Público Estadual permite que a fundição da Itoupava Seca mantenha as atividades na Rua Engenheiro Paul Werner por tempo indeterminado. Com isso, a mudança para o município de Barra Velha não tem data para ocorrer.

Antes a empresa tinha até 2020 para deixar o local. O prazo foi estipulado em 2008 em um primeiro TAC firmado para minimizar os impactos da poluição atmosférica e sonora da empresa. Para extinguir o prazo, o Ministério Público levou em conta o fato de a Electro Aço estar cumprindo as obrigações dela e o impacto da crise nas finanças da fundição, o que dificulta a mudança para o litoral.Não há mais prazo para a Electro Aço Altona deixar Blumenau.

Como compensação, a empresa terá que construir duas novas praças na cidade: uma na esquina das ruas Felipe Camarão e João Gomes da Nóbrega (Vila Nova) e outra na esquina das ruas Engenheiro Paul Werner e Almirante Barroso (Itoupava Seca). Também terá que revitalizar e equipar outras duas. O investimento estimado pelo diretor presidente da empresa, Cacídio Girardi, é de mais de R$ 400 mil.

Girardi comemora o termo assinado. Diz que terá mais tempo para viabilizar o dinheiro necessário para a mudança para Barra Velha. Na opinião dele, ganha também Blumenau, que mantém aqui os 750 empregos – já foram pouco mais de mil no início do ano – além de toda a riqueza que a operação gera com o recolhimento de impostos, por exemplo.

A Electro Aço Altona tem 91 anos de história e está instalada em área de 120 mil metros quadrados entre as ruas Engenheiro Paul Werner e Almirante Barroso. São mais de de 35 mil metros quadrados de área construída. Tem capacidade de produzir 1,2 mil toneladas por mês de peças usadas na construção de equipamentos para mineração, geração de energia entre outros setores. Mais da metade da produção é exportada para cerca de 30 países.

Em Barra Velha a empresa já tem o terreno para instalar uma fábrica. Os projetos estão concluídos e as licenças ambientais, encaminhadas. Faltam recursos para iniciar a mudança. Com a possibilidade de permanecer em Blumenau, a empresa deve abrir no litoral uma segunda unidade, mantendo parte do que hoje é feito na unidade da Itoupava Seca aqui na cidade.