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Brasil - 'A UniSociesc foi vendida para crescer', diz reitor
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O reitor da UniSociesc, Sandro Murilo Santos, vai se tornar vice-presidente do grupo mineiro Anima Educação a partir da aprovação pelo Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) da aquisição do Centro Universitário UniSociesc, com sede em Joinville, SC, Brasil. A operação de R$ 150 milhões não inclui os imóveis operacionais e a Escola Internacional de Joinville. O Cade deve confirmar a transação no prazo de 60 dias. Em entrevista exclusiva ao “AN”, Sandro revela os projetos que serão desenvolvidos a partir de agora.
A Notícia – Por que a UniSociesc foi vendida?
Sandro Murilo Santos – A UniSociesc foi vendida para crescer. Verificamos que não tínhamos recursos suficientes para ampliar como queríamos. Com a chegada do grupo mineiro, teremos a possibilidade de levar para o Brasil os nossos modelos de ensino a distância e a nossa expertise em cursos de engenharia, reconhecidos amplamente. Tanto a Anima como a UniSociesc estão na parte mais elevada do ranking de qualidade de seus cursos no contexto nacional. A venda para esta instituição de ensino ocorreu, também, por causa de alinhamento de valores. Outras universidades nos procuraram. A Estácio de Sá foi insistente. É só uma das que tentou, entre outras.
AN – O que vai acontecer?
Sandro – Acontecerá a cisão. A operação da empresa com CNPJ Sociesc será transferida aos compradores.
AN – Como começaram as conversas?
Sandro – Em 2012, o presidente do conselho de administração do grupo mineiro, Ozires Silva, e o presidente executivo, Daniel Castanho, nos propuseram uma parceria. Não aconteceu. Em maio deste ano, foi feito o primeiro contato mais forte. Em julho, veio a proposta de R$ 150 milhões pagáveis a longo prazo. A tendência é de anos difíceis para a educação superior no Brasil. O número de alunos parou nos 7 milhões. Há dois anos, o governo previa 10 milhões.
AN – E a dívida da UniSociesc é de quanto? Influenciou no negócio?
Sandro – A dívida líquida da UniSociesc é de R$ 30 milhões, com bancos e leasing, algo plenamente administrável. Temos uma autuação da Receita Federal, de R$ 140 milhões, referente ao não recolhimento de imposto como instituição filantrópica. Não reconhecemos a dívida, mas o governo acha que pode cobrar. A questão está em discussão na Justiça, em Brasília.
AN – A Anima assume a dívida?
Sandro – A Anima vai dar continuidade na defesa. Já ganhou questão semelhante em Minas Gerais.
AN – Quais serão as prioridades daqui para frente?
Sandro – Vai surgir uma nova associação, ainda sem nome. Ela terá atuação forte em ensino bilíngue. A nova associação terá patrimônio líquido de R$ 320 milhões a partir da injeção dos R$ 150 milhões da compra e mais R$ 10 milhões a serem aplicados, já em 2016, na construção de novo prédio da Escola Internacional, em Joinville. Depois de completado o pagamento dos R$ 150 milhões, o grupo comprador ainda vai pagar aluguel anual de R$ 6,5 milhões.
AN – E a área de ensino a distância, como vai ficar?
Sandro – Toda a área de ensino a distância (EaD) do Grupo Anima será operado a partir de Joinville.
AN – Como ficam os diretores da UniSociesc?
Sandro – Permaneço como presidente e reitor. Todos os diretores passam a fazer parte do quadro executivo da Anima.
AN – E o planejamento que estava previsto até 2020? Muda?
Sandro – O planejamento para até 2020, de investir R$ 50 milhões, vai continuar. O prédio da arquitetura, no Boa Vista, já está pronto.
AN – E o orçamento para 2016?
Sandro – Vamos repetir o orçamento deste ano de 2015. No ano passado, o faturamento foi de R$ 155 milhões, com Ebitda (geração de caixa) de R$ 21,5 milhões. O melhor resultado da história da instituição. Em 2015, perto do final, a projeção é faturar R$ 150 milhões, com Ebitda de R$ 17 milhões.
Claudio Loetz
Fonte: A Notícia
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