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Carro velho para reciclagem será crédito para comprar novo no Brasil
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Em pauta desde os anos 1990, o programa de renovação da frota de veículos finalmente será implementado. O projeto, que está sendo elaborado por 19 entidades entre órgãos do governo e empresas ligadas ao mercado de veículos, deve ser aprovado ainda no mês de janeiro. A informação foi divulgada nesta quarta pelo presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção.
Segundo ele, a medida pode gerar um acréscimo de até 500 mil veículos novos vendidos por ano e ajudar na recuperação do setor, que teve queda de 26,6% nos emplacamentos em 2015. O foco é retirar de circulação, de forma gradativa, caminhões com mais de 30 anos de fabricação e veículos leves com mais de 15 anos. Os proprietários poderão repassá-los para as empresas participantes, que farão a reciclagem dos automóveis. Em troca, o cliente receberá uma carta de crédito para abater no valor de compra de veículos novos ou usados (com menos de 15 anos).
De acordo com dados preliminares divulgados pela Fenabrave, está sendo criado um fundo, sem recursos do governo, para garantir o crédito destinado à renovação da frota. O programa está sendo desenvolvido junto ao Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior e deve ser finalizado até o fim deste mês. Caso seja implementado, o plano buscará atenuar a esperada queda nas vendas de veículos em 2016. A Fenabrave calcula que, sem a renovação da frota, as vendas deverão cair 5,9% no segmento de carros leves na comparação com 2015.
“São 19 entidades do setor automotivo que estão discutindo com o governo um novo programa de renovação de frota, que deverá se chamar Programa Sustentabilidade Veicular, e o anúncio deverá ser feito no decorrer deste mês”, disse Assumpção. Segundo ele, há um “compromisso verbal” para a implementação dessa medida. Assumpção evitou dar mais detalhes sobre o acordo, que ainda está sendo costurado, mas garantiu que não haverá subsídios fiscais por parte do governo. “Isso não existirá, porque o governo não tem condição, não tem caixa”, declarou. “O acordo deve se dar por meio de alguma taxa ou de algum seguro”, disse.
Segundo o presidente da Fenabrave, as discussões tiveram início há alguns meses, a pedido do próprio governo. Entre as instituições envolvidas estão entidades que representam as montadoras, os metalúrgicos e os sindicatos de trabalhadores, além da própria Fenabrave.
2016
Previsões. A Fenabrave também revelou as previsões inicias para 2016. As vendas de automóveis e comerciais leves devem cair 5,9% em relação a 2015, para 2,33 milhões de unidades.
Reflexo da crise
Concessionárias fechadas
A queda nas vendas refletiu no varejo. Ao todo, 1.047 concessionárias foram fechadas em 2015. Outras 420 foram abertas, a maior parte ligada às novas montadoras que se instalaram no Brasil nos últimos dois anos. A Fenabrave estima que mais 500 unidades podem fechar se o cenário econômico não se alterar
Fonte: O Tempo
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