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Funcionários da Fiat do Brasil entram mais uma vez em férias coletivas
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Três semanas depois de terem retornado ao trabalho da folga tradicional de ano-novo, trabalhadores de três das quatro linhas de produção da Fiat Automóveis de Betim, na Grande Belo Horizonte, entram, hoje, mais uma vez, em férias coletivas. A montadora italiana não informou quantos empregados, do quadro de 19 mil, foram dispensados por 20 dias. Segundo a assessoria de imprensa da companhia, a justificativa para a paralisação parcial é a necessidade de ajustar o ritmo da fábrica à demanda de mercado.
Só em 2015, a montadora suspendeu por quatro vezes as atividades da unidade pelo mesmo motivo. Além das interrupções, em dia 21 de dezembro foram concedidas férias coletivas de fim de ano, que constam do calendário da Fiat. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e São Joaquim de Bicas, Paulo Moreira, a maioria dos fornecedores de peças e partes de veículos instalados em Betim também vai parar a partir de hoje. “O setor automobilístico está sentindo o impacto das quedas nas vendas”, comenta Moreira.
Segundo o sindicalista, grande parte dos trabalhadores da Fiat vai entrar em férias coletivas. Ele observa que a empresa já havia paralisado, ao todo, 71 dias desde o ano passado, entre paradas técnicas e férias. Com a nova medida, serão mais de 90 dias. “A nossa preocupação é que temos acompanhado os investimentos da empresa em vários setores. A Fiat construiu uma fábrica (em Pernambuco), com investimento pesado em tecnologia. Porém, ela vai ganhar mais dinheiro com menos mão de obra”, aposta Moreira.
Antes das férias coletivas de fim de ano, a montadora concedeu férias coletivas de 20 dias entre agosto e setembro do ano passado, envolvendo cerca de 3 mil funcionários. Um mês antes, 12 mil funcionários voltaram de férias coletivas de 10 dias, também sob a mesma justificativa de ajustar produção à demanda. Em março e em maio, cerca de 2 mil trabalhadores entraram em férias, em cada período.
Em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, de acordo com o sindicato local dos metalúrgicos, a Iveco, montadora de comerciais leves e caminhões do grupo Fiat, antecipou em 30 dias a volta dos trabalhadores que estavam em lay-off (sistema que permite a suspensão temporária dos contratos de trabalho) e deveriam retornar aos trabalhos em 13 de fevereiro. “A produção tem caído muito. O setor de blindados da fábrica, por exemplo, está em lay- off desde 1º de dezembro e permanecerá até 1º de maio”, comenta o presidente da entidade, Ernani Geraldo Dias.
De acordo com a estimativa da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em 2016, há expectativa de que a produção do setor aumente 0,5%, o que significa, na prática, estabilidade em relaççao ao ano passado. A aposta está nas exportações, uma vez que há esforços das empresas para expandir os negócios num momento de câmbio oportuno. A entidade prevê que os licenciamentos de autoveículos em 2016 devem cair 7,5% quando comparados com 2015. Nas exportações, a projeção é de aumento de 8,1%.
Negociação
Os funcionários da General Motors em São José dos Campos (SP) encerraram a greve iniciada no dia 18, em razão de um impasse na negociação do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Em assembleia, ontem, os metalúrgicos aprovaram a proposta de acordo para a segunda parcela da PLR de 2015 oferecida pela montadora. A GM subiu de R$ 5 mil para R$ 5,6 mil a parcela devida, se comprometeu a antecipar 50% do 13º salário e conceder 60 dias de garantia de emprego ou salário.
Fonte: Estado de Minas
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