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Tupy tem lucro líquido de R$ 220,1 milhões em 2015
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Na contramão do mercado, a Tupy registrou forte aumento de 146% no lucro líquido em 2015 na comparação com o ano anterior, para R$ 220,1 milhões contra os R$ 89,2 milhões de 2014. Este resultado representou margem de 6,4% da receita, sendo que em 2014 a margem foi de 2,9%, segundo relatório de balanço financeiro divulgado pela empresa, considerada uma das maiores fabricantes de blocos e cabeçotes de ferro fundido no mundo e com sede em Joinville (SC).
O Ebitda ajustado (lucro antes de pagamento de juros, impostos e depreciação de ativos) encerrou o ano em R$ 596,1 milhões, alta de 17,5% sobre o resultado verificado no ano anterior, marcando este como o melhor Ebitda da empresa desde 2008.
O faturamento por sua vez subiu 10% na mesma base de comparação, passando de R$ 3,11 bilhões para R$ 3,42 bilhões em 2015, graças ao desempenho da empresa em mercados externos. Enquanto a receita do mercado interno apresentou queda de 27,1%, para R$ 621,6 milhões, puxada tanto pelo segmento automotivo quanto hidráulico, a receita do mercado externo aumentou 24%, para o equivalente a R$ 2,8 bilhões em 2015 contra os R$ 2,26 bilhões de 2014. Lá fora, o faturamento da empresa com o setor automotivo cresceu 25%, de R$ 2,17 bilhões para R$ 2,72 bilhões. A desvalorização de 43,5% da taxa média de câmbio em 2015 (R$ 3,38 R$ por US$ 1) sobre a de 2014 (R$ 2,36 por US$ 1) também impactou de maneira positiva a receita das vendas externas.
Durante 2015, a América do Norte foi responsável por 59,7% das receitas da Tupy. Por sua vez, a América do Sul e Central, 19,2%, e a Europa respondeu por 15,8%. Os demais 5,3% foram provenientes da Ásia, África e Oceania.
Em volumes, as vendas totais somaram 509,2 mil toneladas em 2015, queda de 13,2% no comparativo anual. A carteira foi composta de 93,3% de produtos automotivos, além de 6,7% de produtos de hidráulica. Com relação ao segmento automotivo, aproximadamente 18% do portfólio de produtos foi parcialmente ou totalmente usinados (contra 16% em 2014) e 82% não-usinados (84% em 2014).
Do total do volume de vendas, 76,7% foi destinado ao mercado externo enquanto apenas 23,3% para o interno. As entregas diminuíram 26,7% no Brasil, para 118,6 mil toneladas, das quais 99,6 mil toneladas para o setor automotivo (-27,2%) e 19 mil para o setor hidráulico (-24,1%). Em seu relatório, a Tupy destaca que por aqui o mercado foi amplamente impactado pela conjuntura econômica refletindo sobre a produção de veículos e bens de capital.
Já para outros mercados, a Tupy viu suas vendas caírem em menor proporção, de 8,1%, para 390,5 mil toneladas contra as 424,8 mil do ano anterior, puxada pela queda de 22,9% do setor hidráulico (15 mil toneladas), uma vez que o setor automotivo registrou retração de apenas 7,4% (375,5 mil toneladas). O desempenho, segundo a empresa, se deve ao resultado negativo das vendas ao setor de máquinas e equipamentos para mineração e agricultura.
Por outro lado, houve aumento de 5 pontos porcentuais da participação de CGI (ferro vermicular ou ferro grafite) nas vendas totais da Tupy em todo o mundo, de 10% para 15%, em detrimento da menor participação das demais ligas de ferro na mesma proporção, de 90% para 85%. Segundo o relatório, o avanço do faturamento apurado no exterior também foi puxado por novos produtos e novas aplicações de alta complexidade em CGI, principalmente nos mercados norte-americano e europeu.
No relatório, o presidente da Tupy, Luiz Tarquínio Sardinha Ferro, destaca que o desempenho da empresa ao longo do exercício de 2015 foi resultado da acertada estratégia de gestão de riscos que a companhia adotou, embasada na diversificação de mercados, produtos, clientes e no estabelecimento de base manufatureira no exterior, com a consolidação da aquisição das unidades mexicanas em 2012 (leia aqui).
“O início de 2016 prenuncia desafios de extensão igual ou eventualmente superior aos enfrentados em 2015. Confiamos na solidez dos fundamentos da companhia, mas não podemos descuidar de ações essenciais relativas à manutenção da carteira de negócios corrente e adição de outros, ao controle de custos e despesas, ao gerenciamento eficaz das aplicações em capital – seja fixo, seja de giro –, além de outras iniciativas que, ao final, trarão benefícios aos acionistas da Tupy, seus funcionários e demais stakeholders. Estamos convictos de nossa capacidade de executar esses passos e totalmente comprometidos em fazê-lo”, afirma o executivo em relatório dedicado aos acionistas.
Fonte: Automotive Business
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