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Indústria de máquinas e equipamentos amarga perdas há três anos consecutivos
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A indústria de máquinas está passando por um dos piores momentos de toda a sua história. Há três anos consecutivos o setor registra queda na produção e nas vendas. As perdas entre 2013 e 2015 chegam a 30% e só em fevereiro de 2016 houve uma retração de 25% em relação a igual mês do ano passado. Eu conversei no final da tarde desta quarta-feira (13) com o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, e ele me disse que os resultados negativos são consequência da falta de investimentos no País. Ou seja, num clima de incertezas políticas como o que estamos vivendo hoje, os agentes econômicos retraem seus investimentos.
Neste sentido, o presidente da Abimaq, que representa 7.500 indústrias, entende que é preciso dar um choque de esperança na população e que o Brasil vire de uma vez por todas a página da crise política para que a indústria volte a produzir e vender. Só para se ter uma ideia, a queda da produção de máquinas e equipamentos já provocou a demissão de 80 mil funcionários do setor, sendo 8 mil só aqui no Paraná. E sem contar que um número significativo de empresas está em recuperação judicial.
Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq.
Pastoriza passou dois dias desta semana em Curitiba conversando com empresários locais. O objetivo dessa visita foi conhecer, no chão de fábrica, ideias simples, programas, que contribuam com a melhoria da qualificação profissional e da produtividade, bem como estratégias que levem a soluções criativas para driblar a crise. Na tarde de quarta-feira (13), ele apresentou a empresários paranaenses o planejamento estratégico e as ações da Abimaq visando à retomada do desenvolvimento da indústria.
Eu perguntei ao presidente da Abimaq sobre quais os setores da indústria de máquinas e equipamentos, que mais estão sendo afetados pela crise e ele me disse que são os de máquinas-ferramentas, responsável pela produção de tornos, fresa, plainas e furadeiras, máquinas de equipamentos pesados e máquinas para cimento e mineração. Já o único setor, entre os 30 atendidos pela Abimaq, que está sofrendo menos com a crise, é o de equipamentos para usinas eólicas.
Por último, o presidente da Abimaq embora esteja preocupado com o cenário político e econômico, me disse que é preciso restabelecer a governabilidade do País e que a entidade apoia o trabalho que vem sendo realizado pelo Poder Judiciário, Ministério Público e Polícia Federal.
Fonte: ABIMAQ
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